Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo é o nome de batismo desconhecido do famoso Santo Antonio de Pádua. O santo das multidões. Antonio é um dos santos mais populares da igreja do mundo e foi um dos responsáveis, ao lado de Santa Clara e São Francisco, por popularizar os ideais franciscanos de castidade, pobreza e obediência.
Antes de ser franciscano Antonio fez parte da Ordem dos Cônegos Regulares, onde pode estudar de forma exemplar a filosofia e a teologia, o que lhe permitiu ser ordenado sacerdote. Sua hagiografia nos conta que nunca teve problemas com estudos e aprendizagens pois era de uma inteligência e memória formidáveis.
Antonio, que era português, estava em Coimbra quando teve seu primeiro contato com a congregação franciscana; conheceu um grupo de franciscanos missionários que estavam se dirigindo ao Marrocos em missão. Se apaixonou pelo ideal franciscano e resolveu se dirigir ao Marrocos também, o que fez. Ao ir para o destino missionário Antonio ficou tão doente que teve de voltar, mas, providencialmente, acabou indo ao encontro de Francisco de Assis que o recebeu e autorizou que ensinasse as ciências intelectuais aos franciscanos, o que fez com maestria.
Antonio foi o santo da palavra; suas pregações eram famosas em toda a Europa e, ainda hoje, gozam do respeito e reverência da igreja e do povo. A sua singular capacidade oratória fez com que recebesse da Ihreja o título de Doutor, concedido aos santos cujos ensinamentos e doutrinas servem de base referencial para a Igreja em seu todo. Antonio faleceu no dia 13 de junho de 1231, no subúrbio de Pádua. Sua morte foi envolta de grande agitação popular: as clarissas reclamaram seu corpo, mas, a multidão de fiéis acabou sabendo de seu falecimento, se dirigiram ao convento onde estava e tomaram seu corpo, levando-o para ser sepultado na Igreja de Nossa Senhora. Os anos, ou melhor, meses que se seguiram a sua morte revelaram sua santidade pública e fizeram com que, em tempo recorde fosse canonizado pela igreja em, nada mais, nada menos que 1 ano após sua morte, em 30 de maio. Desde de 1263 seus restos mortais repousam na Básilica de Santo Antonio de Pádua que fora construída após sua morte, em sua memoria.
Quando abriram sua tumba para exumação de seu corpo e inicio do processo de translado uma grande surpresa: sua língua foi encontrada incorrupta. São Boaventura que se encontrava presente na abertura afirmou que o milagre era prova de que sua pregação era, de fato, inspirada por Deus. A língua incorrupta de Santo Antonio já visitou nossa capital mato-grossense a alguns anos atrás, e pode, ainda hoje ser vista em sua Básilica em Pádua, tal qual a vemos na imagem que ilustra nossa coluna essa semana.
Santo Antonio, prega per noi.