Política

Mendes pede que Estados e municípios não saiam da reforma ‘pelo amor de Deus’

O governador Mauro Mendes fez apelo, nesta quarta-feira (5), à bancada federal de Mato Grosso para não deixar Estados e municípios de fora da reforma da Previdência. Ele afirmou que a reforma, epicentro de polêmica desde o início do mandato de Jair Bolsonaro, é caminho para o Brasil sair do “atoleiro” da falta de geração de empregos. O pedido foi feito durante o lançamento do programa Juntos Pelo Araguaia, em Barra do Garças (515 km de Cuiabá), com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

“Vou dizer a nossos deputados e senadores presentes: Pelo amor de Deus, não deixem Estados e municípios fora dessa reforma, é importante para o Brasil, é importante para cada Estado e município brasileiros, senão daqui a pouco anos vamos trabalhar para, unica e exclusivamente, para pagar nossos aposentados”.

No fim de semana, o relator da reforma da Previdência na Câmara Federal, Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que vai retirar Estados e municípios das mudanças nas aposentadorias propostas pela equipe econômica. Segundo ele, o déficit das unidades federativas soma hoje R$ 96 bilhões e ao longo de dez anos passaria para R$ 1,2 trilhão, quase a totalidade da estimativa feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para contenção no mesmo período.

"Excluir Estados e municípios é jogar contra o País, contra todos os brasileiros. A não aprovacão [da proposta da reforma] vai fazer com que o Brasil sangre durante anos, com esse tema da Previdência, causando ainda mais prejuízos a nossa população

Contudo, ontem (4), Guedes defendeu a permanência de Estados e municípios na reforma. Ele destacou que os gastos com pessoal equivalem a mais de 70% das despesas em alguns estados e advertiu para os riscos de colapso dos governos locais, se nada for feito. “Em muito pouco tempo, vai faltar dinheiro para saúde, educação e saneamento com os gastos tão comprimidos”.

O deputado Samuel Moreira disse que ainda não há nenhuma decisão sobre o assunto e ressaltou que trata-se de uma medida polêmica, mas não negou a pressão de colegas na Câmara para modificação do texto.

Redação

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