O Ministério da Economia divulgou uma nota na noite desta sexta-feira (24) afirmando que o titular da pasta, Paulo Guedes, tem “total compromisso com a retomada do crescimento econômico do país e rechaça qualquer hipótese de que possa se afastar desse propósito”.
Ainda na nota, o Ministério faz um afago ao Congresso, dizendo ter “absoluta confiança” no trabalho da instituição para aprovar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Previdência, “com economia superior a R$ 1 trilhão”.
Eis a íntegra da nota:
“O Ministério da Economia reafirma o total compromisso do ministro Paulo Guedes com a retomada do crescimento econômico do país e rechaça qualquer hipótese de que possa se afastar desse propósito.
O Ministério da Economia reitera ainda sua absoluta confiança no trabalho do Congresso Nacional, instituição com a qual mantém excelente diálogo, para garantir a aprovação da Nova Previdência com economia superior a R$ 1 trilhão.”
Mais cedo, a revista Veja divulgou entrevista em que Guedes aventa a possibilidade de deixar o cargo no caso de reforma da Previdência não ser aprovada.
“Eu não sou irresponsável. Eu não sou inconsequente. Ah, não aprovou a reforma, vou embora no dia seguinte. Não existe isso. Agora, posso perfeitamente dizer assim, ‘Olha, já fiz o que tinha de ser feito, não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não cair problemas, mas não dá para permanecer no cargo’ . Se só eu quero a reforma, vou embora para casa. Se eu sentir que o presidente não quer a reforma, a mídia está a fim só de bagunçar, a oposição quer tumultuar, explodir e correr o risco de ter 1 confronto sério… pego o avião e vou morar lá fora”, disse.
Em resposta, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer, durante visita a Pernambuco, que Guedes estava “no direito dele” e que “ninguém é obrigado a ficar como ministro”. Depois, pelo Twitter, Bolsonaro recuou e afirmou que o “casamento” entre ele e Guedes “segue mais forte que nunca”.
Também na rede social, o presidente disse que, caso a reforma da Previdência não seja aprovada, ele deveria trocar o Ministério da Economia “pelo da Alquimia”: “Só assim resolve”.