Os seguranças que prestam serviços para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) alegam estar com os salários atrasados há quase três meses, assim como outros terceirizados que prestam serviço na instituição, e existe o risco de uma greve da categoria. A empresa MJB, responsável pelos funcionários, alega falta de repasses por parte da UFMT.
Houve nesta segunda-feira (06) uma reunião do Sindicato dos Trabalhadores em Atividade de Segurança e Transportes de Valores de Cuiabá e Região (Sinemprevs/MT) com o Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat) e Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Educação da UFMT (Sintuf-MT) para discutir a situação salarial.
Segundo a Adufmat, os dirigentes sindicais que representam os seguranças declaram que a empresa contratante está alegando que a UFMT não realiza os repasses, enquanto a instituição de ensino justifica que o atraso não ultrapassou o prazo de três meses estabelecido em contrato. No processo licitatório, a empresa garantiu ter fluxo de caixa para assumir compromissos com os trabalhadores por 90 dias em casos de atraso no repasse.
O sindicato alegou ter solicitado para a UFMT e para a MJB documentos que possam comprovar os pagamentos realizados até então. Além disso, na reunião ficou decidido que logo haverá uma Assembleia Geral e os trabalhadores poderão decidir se entram em greve ou não.
“A terceirização é um problema antigo na Universidade Federal de Mato Grosso. Além significar a privatização parcial da instituição pública, é símbolo da precarização do trabalho, distanciando a relação entre trabalhadores e empregadores, o que dificulta as reivindicações por melhores salários e condições de trabalho”, declara a Adufmat.
