Comunicados internos que circularam entre departamentos neste fim de semana no Hospital Municipal de Cuiabá, onde funciona o novo pronto-socorro da Capital, denuncia a falta de insumos e medicamentos para atendimentos a paciente. A lista de itens vai de luvas cirúrgicas à morfina.
Três comunicados vazados em redes sociais têm data de sábado (4) com origem em diferentes departamentos. Um, com identificação do plantão administrativo, informa a falta de produtos desde sexta-feira (3). O comunicado assinado por médicos responsáveis pelo plantão de sábado afirma que “desde ontem 3-05-2019, o plantão do Pronto Atendimento está sem perfurador no Centro Cirúrgico”.
Logo a seguir, é informação que o problema impossibilita “receber pacientes com fratura exposta de bacia, devido à necessidade de fixação da mesma”.
O segundo comunicado partiu do setor da UTI (Unidade d Tratamento Intensivo) Pediátrica. Os responsáveis pedem a disponibilização em caráter de urgência de 11 itens, entre insumos e medicamento. Na lista estão morfina, fentanil, tazocin, sonda de aspiração, luva estéril, e seringas de 5, 10 e 20 ml.
O terceiro comunicado resume os documentos anteriores e, listando a falta de oito medicamentos e nove insumos. A observação ao pé do texto com destino à diretória do pronto-socorro informa que “assim, comunico a cersus a impossibilidade de admitir pacientes nas condições acima descrita”.
Além da direção do hospital, o comunicado seria enviado ao CRMMT (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso). O pronto-socorro de Cuiabá está em fase de transferência de instalação do prédio atual, na avenida General Vale, para o bairro Ribeirão do Lipa, dentro da estrutura do HMC (Hospital de Cuiabá).
Há cerca de um mês, vereadores fizeram denúncia, via redes sociais, de situação inversa. Havia falta de medicamento e insumos no prédio da HMC. À época, a Secretaria Municipal de Saúde disse que o problema era pontual. Sobre a situação atual, a pasta ainda não se manifestou.