O presidente do diretório do PSDB em Mato Grosso, Paulo Borges, deve concorrer à reeleição no grupo em chapa com o deputado estadual Carlos Avalone, para mandato compartilhado. A dupla une força para enfrentar o empresário Rui Prado, que foi candidato a vice-governador na campanha de Pedro Taques de permanência no governo. A eleição estadual de nova diretoria está agendada para 6 de maio.
“Acho que temos condição de reconduzir o partido, fazendo gestão por ao menos um ano, justamente dando suporte aos nossos prefeitos. O Avalone também quer participar do processo e nós achamos por bem fazer um composição, eu assumindo o cargo num primeiro momento e o Avalone logo em seguida e com isso consigamos com que os vereadores e prefeitos, de olho nas eleições do ano que vem, sejam comtemplados”.
Paulo Borges assumiu o comando do partido em Mato Grosso em novembro de 2017 com a saída do Nilson Leitão do cargo. O partido passava momento de crise por causa de disputa entre o então deputado federal Nilson Leitão e Pedro Taques para concorrer ao governo do Estado em 2018. A função de Borges foi manter o então governador do ninho tucano.
“Nós pegamos o mando do partido no meio do caminho, foi um mandato tampão, num momento extremamente delicado. Passamos uma eleição estadual, perdemos e acabou que não tivemos tempo de fazer o partido”.
Os tucanos ainda digerem a derrota de 2018 em mais de uma frente. Pedro Taques não venceu as eleições e se tornou o primeiro governador de Mato Grosso, com a máquina pública nas mãos, a não ser reeleito; e pior que isso, ele amargou um terceiro lugar, atrás de Mauro Mendes (DEM) e Wellington Fagundes (PR).
Nilson Leitão concorreu ao Senado e também fracassou. Ele ficou na quinta posição, com 12% do total de votos. Na Assembleia, os tucanos apenas asseguraram duas cadeiras eleitas em 2014 – Wilson Santos, porém, entrou na nova legislatura por participação em aliança.