O secretário de Ordem Pública de Cuiabá, coronel Leovaldo Salles, diz que a comitiva de vereadores entrou no HMC (Hospital Municipal de Cuiabá) na última quarta-feira (03) sem autorização do secretário de Saúde, Luiz Antônio Pôssas.
Em nota de esclarecimento divulgada no fim desta tarde, Salles afirma a vistoria dos vereadores Abílio Junior (PSC), Felipe Wellaton (PV), Diego Guimarães (PP) e Marcelo Bussiki (PSB) “não possui respaldo legal” e “extrapola os limites da razoabilidade”.
“A atitude dos vereadores de entrarem nas UTI’s (Unidade de Tratamento Intensivo) 3 e 4 do pronto- socorro de Cuiabá (um local onde a permanência de pessoas é proibida), sem a prévia autorização do titular da pasta, ou de qualquer responsável, em horário de plantão noturno, além de não possuir respaldo legal, extrapola os limites do razoabilidade e da proporcionalidade, em face do constrangimento pelo qual passaram os pacientes e os funcionários”.
O secretário citou uma lei aprovada pela Justiça estadual que impede a vistoria de locais públicos por vereadores sem prévia autorização da prefeitura.
“Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, com manifestação favorável do Ministério Público, já reconheceram a inconstitucionalidade da emenda modificativa à lei orgânica promulgada pela Câmara Municipal, que concedia direito aos vereadores do município de ter acesso irrestrito aos órgãos públicos municipais e aos documentos públicos”.
O vereador Felipe Wellaton (PV) diz que o grupo de vistoria ao pronto-socorro, na noite desta quarta-feira (3), esperou cerca de 40 minutos pela autorização da direção do HMC (Hospital Municipal de Cuiabá) para iniciar a averiguação de falta de insumos. Segundo ele, o bloqueio da visita pelo secretário de Ordem Pública, coronel Leovaldo Salles, foi autoritária e sem justificativa.
“Nós chegamos pouco depois das 18h e ficamos esperando 40 minutos pela autorização da direção do hospital para iniciar nossa vistoria. O grupo se dividiu em dois – Abílio Junior e Diego Guimarães; eu e o Marcelo Bussiki – para fiscalizar mais rápido, e nos assustamos com o secretário nos mandando sair do hospital”.
Wellaton afirma que a visita foi marcada após denúncia do Sindimed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso) de falta de insumos no hospital. “E nós vimos que estavam faltando insumos na UTI (Unidade Tratamento Intensivo), na farmácia, que inclusive tem conferência manual, de duas vias, com de graves erros”.
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