O governador Mauro Mendes disse, nesta quinta-feira (4), que vetou as emendas impositivas para manter “diálogo franco” com os deputados sobre as condições financeiras do Estado para liberar o recurso, neste ano estimado em R$ 132 milhões- R$ 6 milhões a cada um dos 24 deputados.
“Se olharmos a série histórica dos últimos anos, a realização efetiva dos últimos anos não chegou a 30%, ou seja, daquilo que é empenhado não mais do que 30%, em nenhum dos anos, foi efetivamente pago. Então, nós queremos estabelecer com os nossos deputados uma relação franca, verdadeira”.
O veto às emendas foi derrubado por 18 votos a 2 na última terça-feira (2). O texto do veto estava na Casa há quase um mês em articulação pelo líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM). Ele tentava assegurar a decisão do Executivo, com a justificativa de que não há “luz financeira” para a liberação das emendas.
Hoje, o governador indicou que, caso haja caixa nos próximos meses para cumprir a norma, a primeira opção será pagar 50% do valor previsto. “Quando nós propusemos um veto parcial, de 50%, é porque gostaria que neste limite poder pactuar, poder honrar. Se não recurso para pagar, não adianta ficar prometendo para prefeitos e não cumprir”.
A série histórica mencionada por Mauro Mendes iniciou no governo de Pedro Taques (PSDB), que liberou o pagamento parcial apenas em um ano. Em outros três anos, o tucano justificou que a falta de caixa impedia o Estado de fazer compromisso financeiro para além dos gastos emergenciais. Além das emendas, Taques também saiu do cargo com dívida de duodécimos.
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