A defesa da senadora Selma Arruda (PSL) pediu para a Justiça conceder novo prazo para a apresentação da alegação final no processo de investigação sobre caixa 2 de campanha. O advogado, Diogo Sachs, diz que a ação busca corrigir uma sequência de protocolos que teria sido modificada no início do processo. As argumentações devem ser apresentadas em prazo comum.
“Nós pedimos para a Justiça conceder novo prazo porque nós, da defesa, apresentamos as argumentações antes da parte acusadora, o Sebastião Carlos, apresentar a acusação. Ele teve acesso ao nosso argumento de defesa antes mesmo de apresentar a acusação”.
Conforme o advogado, a legislação processual estabelece, na fase de instrução, prazo de dois dias a cada parte envolvida para a apresentação de seus argumentos. Além do advogado Sebastião Carlos, que disputou vaga ao Senado em 2018, o Ministério Público Eleitoral (MPE), também teria se posicionado sobre o assunto após a manifestação das outras partes; procedimento que a defesa como prejudicial à senadora.
"[Há] verdadeira inversão processual que causa sérios prejuízos para a defesa […] atuou com privilégio processual indevido o Senhor Procurador Regional Eleitoral”.
A ação para concessão de novo prazo foi ingressado nesta quinta-feira (14). É o segundo recurso que a defesa de Selma Arruda apresenta em quatro dias no caso. No início da semana, foi protocolado documento em que a ex-juíza alega ter sido vítima de tentativa de extorsão pelo deputado Wilson Santos (PSDB) e pelo empresário Junior Brasa, dono da Agência Genius, responsável pelas primeiras semanas de campanha de Selma Arruda, no ano passado.
A senadora é investigada por suposto caixa 2 de campanha que teria movimentação mais de R$ 1 milhão. O caso já gerou parecer do Ministério Público Eleitoral pela cassação da candidatura e da eleição de Selma por prática ilícita.
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