Senadores e deputados federais por Mato Grosso não abriram mão do auxílio-mudança pago pelas casas legislativas para seus membros. O benefício foi embolsado mesmo por José Medeiros (PODE) e Carlos Bezerra (MDB) que já moravam em Brasília e não precisaram de serviços de transporte – o primeiro ocupava o cargo de senador até dezembro de 2018 e o segundo foi reeleito para novo mandato na Câmara Federal.
Ambos e outros dois senadores e sete deputados federais – que compõem a bancada federal de Mato Grosso – tiveram R$ 33,7 mil nas contas bancárias para gastos destinados para transferência de moradia. A despesa soma R$ 370,7 mil.
O pagamento do auxílio estava bloqueado, a deputados e senadores reeleitos, por determinação do juiz Alexandre Henry Alves, da Vara Federal Cível e Criminal Ituiutaba (MG). Uma ação popular aponta que o pagamento em duplicidade da verba fere os princípios de economicidade da administração pública.
Mas, na segunda-feira (26), conforme reportagem publicada pelo Uol, a Câmara Federal pagou R$ 16 milhões aos 477 deputados eleitos e reeleitos, com base em decisão de um juiz federal em Sergipe, que mandou que se voltasse a fazer o pagamento. E, ainda conforme o site, somente treze deputados abriram mão do benefício.
O auxílio-mudança é um benefício no valor do salário dos parlamentares que é pago ao final e ao início de cada legislatura. A verba é prevista em legislação e não há ilegalidade no recebimento da quantia. Inclusive, o dinheiro é depositado automaticamente nas contas dos parlamentares.