Política

Mendes diz que gestores começam a articular reformulação tributária do País

A crise econômica do Brasil tomou o tom do primeiro encontro do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com governadores eleitos e reeleitos, nesta quarta-feira (14). O governador eleito Mauro Mendes afirma que os gestores tentaram iniciar uma articulação para remodelar o Pacto Federativo, conjunto de leis que que normatiza a relação tributária entre entes estaduais. 

“A reunião foi extremamente importante para começar um alinhamento de agenda de prioridades para o Executivo e os Estados. Preliminarmente, a agenda caminha para construção de mecanismos que possam permitir o enxugamento da máquina pública, que possa possibilitar o ajuste fiscal e o reequilíbrio do Estados”. 

Mauro Mendes afirmou que a remodelação passa pela redução da burocracia na transferência de recursos advindos de arrecadação fiscal para os Estados. O foco das atividades seria uma proposta de repactuação das medidas de distribuição da arrecadação. O Pacto Federativo é alvo de críticas de diversas entidades e empresas no País por causa do desequilíbrio no mercado. 

Hoje, cada Estado configura sua própria política tributária, cobrando percentuais alternativos das empresas em atividade em suas divisas. O problema se forma por causa dos níveis diferentes de desenvolvimento econômico dentre os Estados. Em Mato Grosso, por exemplo, o fraco atrativo para empresas com redução de impostos emperra expansão do setor industrial. A política de incentivos fiscais, alvo de investigações criminais, foi criada para tentar gerar atrativo no setor. 

“São mecanismos para celeridade do licenciamento [de atividade], mecanismo que façam com que o dinheiro arrecado pela União chegue mais rápido até aos municípios, aos Estados, através uma repactuação do sistema tributário brasileiro”. 

No ano passado, o governador Pedro Taques tentou encaminhar uma reforma tributária para Mato Grosso, mas a proposta perdeu a força por causa das diversas mudanças pouco explicadas. A tentativa reformulação teve início com o decreto 380, que entraria em vigor em janeiro de 2017, mas foi barrado por pressão de empresários do comércio que alegavam cobrança dupla sobre suas atividades. 

Hoje, Bolsonaro disse que é necessário adotar “medidas que são um pouco amargas” para evitar o agravamento da crise no País. Ele não detalhou que medidas são essas, mas disse que o esforço é para evitar que o Brasil se transforme em uma Grécia. Bolsonaro lembrou que as reformas têm de passar pela Câmara e pelo Senado e pediu a compreensão dos presentes. 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões