Política

‘RGA deve ser pago se o Estado tiver condições e greve pode piorar crise’, alerta Mendes

Ao chegar para a primeira reunião das equipes de transição no Palácio Paiaguás, o governador eleito Mauro Mendes avaliou a possibilidade de greve geral dos servidores como uma ameaça para a situação já crítica do Estado e afirmou que o RGA só deve ser pago se houver condições para isso.

“Se houver greve vai piorar ainda mais a situação, comprometer ainda mais as finanças e agravar ainda mais a situação do Estado que já é crítica”, alertou Mendes, ressaltando que o que tem sido arrecadado ao erário por mês não está dando para cobrir nem mesmo as despesas do mês.

Mauro Mendes afirmou que ainda não tem todas as informações necessárias para uma avaliação segura das condições financeiras do Estado, mas que as informações primárias já mostram que o Estado tem enormes dificuldades nem nenhuma condição de assumir quaisquer compromissos.

“Os números são preocupantes. O Estado deve centenas de fornecedores, os poderes, centenas de municípios, e a cada mês que passa vai ficando contas para trás. Aí vai ficando mais gente sem receber, inclusive o próprio servidor, o que já tem acontecido e este cenário econômico em Mato Grosso provavelmente vai piorar com o aumento de despesas”, previu.

O governador eleito disse ter a certeza de que uma greve geral não será boa para Mato Grosso, e que a maioria da sociedade não aprova. “Mas, eu não sou homem de ter dificuldade de ligar com pressão. Eu gosto do diálogo, da boa conversa, do argumento. Então, não é bom para o cidadão, para o governo, para o servidor, um ambiente hostil.  Nós vamos dialogar sempre, mas com a verdade com fatos e com dados para que isso possa nortear as nossas decisões e até a opinião da sociedade.

Sobre a situação do Estado, Mauro Mendes lembrou que disse durante toda a campanha que iria fazer cortes de despesas se eleito. “Neste momento, é esse o desafio que nós estamos estudando. Fiz compromisso com a sociedade de tornar o estado menor, que custe menos, e seja mais eficiente, vamos trabalhar nessa direção, é esse o nosso compromisso, eu não gosto de antecipar decisões porque elas têm que ser tomadas com muita responsabilidade”.

“Nós ainda temos algum tempo para estudar, é o que nós temos feito, vendo dados, analisando, cruzando informações internas do governo, para que nós possamos traçar o real cenário, que é muito preocupante, e aí criar alternativas, mas posso seguramente adiantar que haverá corte de secretarias e de comissionados”.

Mendes também citou a reforma administrativa que sua equipe está estudando e que vai nortear a nova Lei Orçamentária Anual e em função disso é que ele irá apresentar. “Pretendemos concluir essa proposta de reforma o mais rápido possível, mas isso demanda análise técnica. Quero até 10 de dezembro dar todas as definições e se o governo assim o desejar poderá encaminhar ainda este ano para a Assembleia Legislativa”.

Sobre a reunião das equipes de transição, o governador eleito observou tratar-se da primeira reunião com membros de ambas as partes e que com o objetivo de alinhar procedimentos, formas e circulação de informações.

Questionado sobre outras prioridades, Mendes respondeu: “Temos muitas prioridades, mas tudo no devido tempo”.

 

Redação

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