Lisboa vai continuar a ser a cidade anfitriã do Web Summit, a maior conferência mundial dedicada à tecnologia, durante a próxima década. Depois de um longo processo de negociação, que durou mais de um ano e que envolveu ofertas de mais de 20 das maiores cidades europeias – incluindo Berlim, Paris, Londres, Madrid, Milão e Valência – a organização do evento internacional chegou a acordo com o Governo português e a Câmara Municipal de Lisboa.
De 2 a 10 de Novembro de 2018, o “Lisbon Startup Circuit” abarca missão de negócios, a qual levará cerca de 30 estrangeiros a participar na Web Summit — o maior evento de tecnologia do mundo — e a conhecer o ecossistema português de startups. Na manhã do dia 9 é a vez da Assembleia Constituinte do Fundo de Investimento, seus regulamentos e eleição do Comitê de Investimento. Essa primeira rodada do Fundo destina-se a apoiar o investimento em startups brasileiras que pretendem ir para Portugal bem como o investimento em startups portuguesas para vir para o Brasil, além de promover parcerias entre startups brasileiras e portuguesas. No mesmo dia de tarde, o kick-off do Fundo com um pitch competition com as startups brasileiras e portuguesas. A Web Summit é uma empresa Irlandesa, com origem em Dublin, que organiza eventos em todo o mundo. Mais de 120.000 pessoas de mais de 170 países marcaram presença em eventos globais como o Web Summit em Lisboa, Collision em Toronto, RISE em Hong Kong e MoneyConf em Dublin.
Nas palavras da Inc Magazine, “o Web Summit é a maior conferência dedicada à tecnologia em todo o mundo”. Já a Forbes, caracteriza o Web Summit como “a melhor conferência tecnológica do planeta”, enquanto a Bloomberg o apelida de “Davos parageeks”, a Politico como #as olimpíadas da tecnologia” e o The Guardian como o “Glastonbury para geeks”
2.300 investidores passarão por Lisboa e valem três vezes o PIB português
Outro gran de evento integrado no “Lisbon Startup Circuit” é o Programa de Aceleração do Crescimento a ser lançado no dia 2 de novembro, na Universidade Lusófona no Campus de Lisboa, em um encontro exclusivo de empreendedores e startups chegando ao Web Summit 2018. O objetivo é trazer as startups latino-americanas que já se estabeleceram em seus mercados locais, e sentem que estão prontas para se expandir para a Europa – lar de mais de 500 milhões de consumidores.
A advogada brasileira Jacqueline Haddad, consultora jurídica e executiva de negócios internacionais será uma das palestrantes do evento, neste dia onde abordara temas relevantes a internacionalização de empresas, oportunidades de investimentos, bitributação, incentivos e Brexit.
Durante esta semana, cerca de 2.300 investidores passarão pela Web Summit (WS), em Lisboa, à procura de negócios. Mas o que é que é surpreendente? Aquilo que este conjunto de pessoas vale, na totalidade. A sua carteira de investimentos ascende os 500.000 milhões de euros. Isso significa que, se fossem um país, a sua economia seria três vezes mais rica que a de Portugal.
Várias questões serão levantadas durante o decorrer do evento, nomeadamente se Portugal deveria ou não associar-se a esta cimeira, e se o retorno da iniciativa seria ou não relevante para o país. A maioria dos participantes e organizadores não tem dúvidas sobre o retorno desse investimento, que pode ser quase imediato, dizem. “Aqui há mais oportunidades”
Segundo o Público nos anos anteriores, as opiniões são unânimes, até no que diz respeito às startups, que pagaram 850 euros para conseguir marcar presença no evento. O fundador de uma delas, Pedro Vilela, que lidera a Hand2Hand, afirmou que a WS tem um impacto brutal. “Conheci a WS ainda na Irlanda, estive lá com uma startup inglesa para a qual trabalhava na altura e posso dizer que esta edição de Lisboa não tem nada a ver. Aqui há mais oportunidades, mais investidores, e notei, como outros empreendedores, que os investidores estavam mais focados que em 2016. Sabiam o que queriam, ao que vinham e não perderam tempo a ver o que há por aí”, contou.
Sabe-se que a WS vai ter um impacto direto de cerca de 300 milhões de euros na Economia portuguesa. Mas a secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann, revela que este número é apenas “a ponta do iceberg”. Garante que viu empresas que lideram setores e atividades a nível nacional ou mundial, “como a EDP Inovação ou a Vestas, a Microsoft ou a Amazon, a ajudarem na criação de redes de apoio ao empreendedorismo e a fecharem negócios com empresas portuguesas, algumas das quais acabadas de nascer”. “Estou a falar de vendas, não é só palavras. São vendas, imediatas, uma coisa tangível”, sublinhou, reconhecendo que há um lado intangível, que é difícil de medir.