O governador eleito Mauro Mendes (DEM) deve reunir com a bancada federal de Mato Grosso na próxima terça-feira (30) para articular a destinação de emendas para o próximo ano. Senadores e deputados federais podem ter à disposição para destinação própria cerca de R$ 350 milhões de emendas individuais e conjunta.
Mendes teve uma conversa nesta quinta-feira (25) com o coordenador do grupo, senador José Medeiros (PODE), e senador Cidinho Santos (PP), e pontuou atrasos em repasses para a saúde como principal preocupação de início de governo.
“Ele pontuou muito a dificuldade do Estado em pagar as dívidas, pois não tem dinheiro nenhum, e a grande preocupação dele é com a saúde. Por isso, na próxima terça-feira, a bancada vai se reunir no meu gabinete em Brasília discutir a destinação das emendas do próximo ano”, disse Medeiros.
Os congressistas têm até o fim deste mês para definir a destinação de recursos para a apresentação ao Executivo federal. Nos representantes de Mato Grosso têm em conjunto cerca de R$ 200 milhões. Esse valor é somado os R$ 15 milhões de emendas individuais de três senadores e quatro deputados federais. No entanto, o grupo não trabalha com a possibilidade de receber o valor cheio, mas apenas a metade (R$ 7 milhões).
“A gente tem direito a R$ 15 milhões, mas, na verdade, a gente recebe só R$ 7 milhões, então estamos contando com isso para negociar com o governador eleito na reunião da próxima semana”, afirma Medeiros.
Os números da campanha de Mauro Mendes apontam que Mato Grosso deve encerrar 2018 com dívida próxima a R$ 4 bilhões. Esse montante inclui de repasses atrasos aos municípios para serviço na saúde, cerca de R$ 185 milhões, a prestações atrasadas com fornecedores e prestadores de serviços, além das dívidas de empréstimos bancários.