Política

Eduardo Botelho diz ser contra afastamento de Pedro Taques

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), diz não ver necessidade de afastamento do governador Pedro Taques (PSDB) na reta final de mandato. Ele afirma que a decisão sobre o futuro político de Taques foi definido nas urnas, com a troca de gestores. 

“Eu não acho isso legal, afastamento agora, faltando dois meses para acabar o mandato. A vontade popular já foi feita, já foi eleito um novo governador. Mas, se for da vontade da maioria, vamos colocar em votação, mas tem que ser uma votação embasada”, disse. 

Um pedido de afastamento de Pedro Taques foi apresentado nesta terça-feira (23) pela deputada Janaína Riva, com base na delação do empresário Alan Malouf. A líder da oposição citou nove pontos da delação que seriam robustos para classificação de crime de corrupção pública, como caixa 2 de campanha em 2014, anuência de pagamento de propina para secretários e ressarcimento de financiamento de campanha por meio de contratos assinados com o Estado, de forma regular ou não. 

Botelho afirmou que o pedido de Janaína Riva, com número de registro em cartório, será analisado pela procuradoria da Assembleia Legislativa e um parecer deverá ser divulgado no prazo máximo de cinco dias. A deputada afirma que o afastamento do governador se justifica pela “continuidade de crimes”, conforme a delação de Malouf. Botelho questiona esse viés. 

“Eu não acredito em esquema ocorrendo no governo, pode ser que já ocorreu, mas que esteja ocorrendo não acredito nisso. Essa, é uma posição pessoal minha, mas de qualquer forma vou apresentar o pedido dela na procuradoria e se existir legalidade vamos tomar providência, senão vamos arquivar”. 

Defesa em plenário 

O deputado Wilson Santos (PSDB), ex-secretário e ex-líder do governo Pedro Taques na Casa, em discurso de quase vinte minutos, logo após a apresentação do pedido de afastamento por Janaína Riva, disse incluiu nome de Taques dentre personalidades políticas que entraram para história após início de carreira conturbada. Dentre eles, o ex-governador Dante de Oliveira, e o ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln. 

“O grande governador Dante de Oliveira perdeu as eleições para Cuiabá em 1986, mas não deixou que esse fato o abatesse e hoje é lembrado como um grande estadista. Onde estaria o presidente Abraham Lincoln se deixasse se abater. Na política, um dia a gente está por cima e no outro, por baixo”. 

Wilson Santos afirmou que o governo errou na estratégia de comunicação social na divulgação de seus trabalhos, e relativizou as denúncias de suposto pagamento extraoficial para ex-secretários. 

“O governo fez várias coisas na segurança, na educação, mas errou na secretaria de comunicação. Já fui secretário de Taques de abril 2015 e novembro de 2016 e não recebi dinheiro por fora coisíssima nenhuma”.

Redação

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