Opinião

Essencias e óleos I

A utilização de líquidos de cheiro sempre foi uma constante na tradição Religiosa da humanidade. Civilizações antigas, sociedades do passado, sempre se valeram do odor para alterar ou efetuar algo desejado no plano material. A compreensão desse conhecimento foi, em partes, perdido no ocidente restando apenas as noções básicas do entendimento do odor na tradição católica, oculta no contexto de resinas usadas em incenções litúrgicas e o uso dos Santos óleos.

Quando nos referimos a utilização dos perfumes em especial, nos referimos ás essências e aos óleos essenciais; ambos são líquidos que tem tentam trazer ao seu possuidor o cheiro de determinada erva, obstante,  a diferença entre eles está exatamente na forma como são preparados e a partir daí outras diferenças vão se revelando. O óleo essencial é a forma mais pura de se ter contato com o odor depois da própria fonte do odor; de modo geral sua preparação é lenta e meticulosa exigindo do preparador total atenção e maestria. A preparação do óleo essencial pode durar dias, meses ou até semanas a depender da matéria prima de onde se objetiva tirar o cheiro. É interessante percebermos que tudo que existe tem um odor próprio, pois, o espiritual se manifesta para os sentidos e nós, homens, temos 5 sentidos. Nós percebemos a presença do espiritual e do material, bem como buscamos o contato com as realidades, através de nossos sentidos, assim, dentro da magia dos sentidos e da própria utilização dos perfumes existem muito mais coisas do que possamos imaginar a primeiro contato com seu entendimento.

A preparação dos óleos essenciais teve origem nos laboratórios alquímicos onde nossos Magos do passado tentavam retirar o espírito das plantas, flores, sementes, etc, através de suas técnicas. O resultado dessa busca temos até hoje através dos óleos puros, onde a essência do cheiro se faz presente e, mais do que isso, a depender da forma como o óleo fora preparado e observando-se algumas chaves e pontos dentro dessa preparação, o óleo consegue até mesmo veicular a energia prânica do elemento de que é fruto, possibilitando assim grandes feitos físicos, mentais e espirituais com sua utilização por decorrência da energia vital que carrega. Baseado nisso podemos afirmar que o óleo essencial consegue atingir aspectos mais físicos de seu possuidor se em sua preparação alguns detalhes forem observados,  exatamente por conseguir deter em si parte da energia pranica de sua fonte inicial.

Hoje, nó século XXI, já existem  muitos grupos interessados em divulgar e efetuarem a preparação dos óleos. Até mesmo correntes terapêuticas fazem uso dos óleos os apresentando como remédios curadores. A origem dessa utilização se encontra na utilização da matéria inicial de onde saíram: as plantas e flores, pois são elas, na verdade, as possuidoras dos poderes curadores, no entanto, na ausência das mesmas, utilizam-se algumas correntes de seus odores. Isso deve servir como ponto de pensamento para o leitor sobre o poder da planta em si, pois, se apenas o seu odor consegue efetuar tantas maravilhas, o que não será possível com a utilização dela própria ? o filme “O Perfumista” mostra bem a capacidade de alteração mental decorrente da essência, no entanto, na realidade material que vivemos, a busca do odor é uma face da busca da essencialidade perdida no passado; o homem cada dia mais se volta a aspectos grosseiros perdendo o contato com o sutil e elevado, sente essa perda e começa a ir na sua contramão. Que seja sempre assim…

Dos óleos temos também as essências, delas falaremos na próxima semana.

Esteja em Paz !  

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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