A direção do PSDB em Mato Grosso se alinha à Executiva nacional do partido de focar combate ao PT na campanha. Os tucanos tentam demonstrar despreocupação com os números de Jair Bolsonaro (PSL) que o colocam até em disputa do segundo turno em quadros alternativos de candidatos.
A candidata à vice-presidente de Geraldo Alckmin, Ana Amélia (PP), disse nesta segunda (17) em coletiva de imprensa que acredita em subida do tucano nas pesquisas de intenção de votos das próximas semanas, indo para o segundo turno na disputa presidencial.
“Nosso adversário é o PT. Tem candidato desafiando de antemão a Justiça, dizendo que dará induto a um presidente preso, ou seja, ignorando o sistema judicial brasileiro. Isso pode nos remeter a atitudes autoritárias que preocupam todos nós”, disse Ana Amélia.
Ela faz referência ao presidenciável do PT, Fernando Haddad, que disse em entrevista que, caso eleito, irá dar o induto presidencial ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há mais de 100 dias por condenação na Operação Lava Jato do caso tríplex.
Ana Amélia afirma que a eleição candidato petista devolverá o ex-presidente Lula à cena política oficial, empurrando sua implicação nos casos investigados na Lava Jato para segundo plano, visto que Haddad disse também que “Lula pode ocupar o cargo que quiser no governo”.
“Foi faltou ele [Haddad] dizer que o Lula vai ser o presidente. O Lula está colocando um poste para concorrer no lugar dele”.
Ao ser questionada sobre a disputa presidencial em segundo turno, a progressista afirmou que as pesquisas de intenção de voto mostram cenário momentâneo, no qual o PSDB não aparece em segundo turno.
“Se você pensar bem, em 2014, que não está muito longe, a Dilma [Rousseff, PT] tinha mais de 40%, a Marina, com a morte do Eduardo Campos (PSD), subiu para 31%, e o Aécio [Neves, PSDB] tinha 15 ou 16%. E vocês viram a disputa em segundo turno como foi”.
O governador Pedro Taques (PSDB) também fez críticas à ex-presidente petista e disse que mantém sua posição de defesa do impeachment.
“Eu fui um dos primeiros governadores a defender o impeachment da Dilma. E seu eu pudesse fazer isso mais dez vezes, eu faria mil vezes. Não me arrependo disso. Nenhum representante do PSDB no Congresso Nacional foi a favor da permanência da Dilma no governo, e a graças a Deus que isso aconteceu assim”.
Ana Amélia esteve em visita em Cuiabá nesta segunda-feira cumprindo agenda de candidatura de Geraldo Alckmin. Além de Pedro Taques, ela poderia ser recepcionada por Mauro Mendes (DEM) e Wellington Fagundes (PR) cujos partidos estão no arco de aliança de apoio a Alckmin. Eles não compareceram.