O público feminino representa 31,02% dos registrados de candidaturas a cargos eletivos em Mato Grosso nas eleições deste ano. As mulheres são 161 pedidos de concorrência dos 519 recebidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). A proporção ficou acima da média nacional, de 30,06%, cumpre a cota determinada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A maioria do registro é para concorrer a cargo legislativo. São 110 a deputada estadual, 43 a deputada federal, 2 à senadora, 4 à segunda suplente e 1 à primeira suplente. Uma solicitação é para concorrer à vice-governadora.
Somente duas concorrem em cargos majoritários, sem a possibilidade de reconfiguração de eleitos por questões internas partidárias – Selma Roseane Santos Arruda (PSL) e Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB), candidatas ao Senado. Ainda assim, as pretensões são novidade em relação a 2014, ano em quatro homens concorreram ao cargo, com eleição de Wellington Fagundes (PR). Neste ano, a proporção é de 9 para 11.
A empresária Silei Theis (PV) também concorrer na majoritária, mas como vice-governadora de Fagundes, sem disputa por nome próprio. Isso coloca Mato Grosso dentre oito Estados que não terão mulheres na disputa ao governo – Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul e Rondônia.
Em 2014, Janete Riva disputou ao governo pelo PSD depois que a candidatura de seu marido, José Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa, foi impugnada pela Justiça Eleitoral. Ele recebeu 144.440 votos (9,2%) e ficou em terceiro lugar.
Na disputa aos cargos de deputada houve crescimento em ambas as esferas. A maior diferença é na concorrência à Câmara Federal, que passou de 23 candidatas, em 2014, para 43 neste ano, aumento de 86%. Para Assembleia Legislativa, o número de inscrições passou de 85 para 108 (27%). Janaína Riva (MDB) foi a única eleita. Vale lembrar que os registrados de 2018 ainda não foram aprovados pelo TRE-MT.