O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) entrou numas de ironizar os adversários. Primeiro lembrou a animosidade entre Carlos Fávaro (PSD) e Otaviano Pivetta (PDT) em 2016, quando o primeiro apoiou o vencedor do último, depois partiu para cima de outros inimigos históricos na política de Mato Grosso: Carlos Bezerra (MDB) e os irmãos Júlio e Jayme Campos (DEM).
Nas palavras dele, adversários históricos aprenderam nestas eleições o valor do perdão bíblico. “Veja que em 2016 meu amigo e irmão Fávaro era inimigo do Pivetta e hoje estão lá juntos”, disse no programa de rádio político da rádio Vila Real.
Leitão referia-se à chapa encabeçada por Mauro Mendes (PSDB) ao governo, que deve confirmar Piveta como vice e o citado Fávaro como segundo candidato ao Senado. No restante da composição, outra união de antagonistas de décadas, pois é de Jayme Campos a primeira vaga para disputa ao Senado, apoiado por Carlos Bezerra.
Essa união levou à primeira derrota do então imbatível Júlio Campos ao governo do Estado, pois não foi bem recebida pela população, que votou massivamente em Dante de Oliveira (PSDB).
No caso mais recente aludido por Leitão, quem sofreu uma derrota não esperada foi Otaviano Pivetta, que perdeu a prefeitura ade Lucas do Rio Verde para Luiz Binotti (PSD), apoiado amplamente pelo ex-vice-governador do Estado, Carlos Fávaro. Todo mundo agora segue junto para impedir que Pedro Taques permaneça na primeira cadeira do Palácio Paiaguás.
“Quem lê a Bíblia sabe que o perdão é importante pra melhorar a vida. Minha avaliação é que era desnecessário [unirem-se os Campos e Bezerra]. Foram antagônicos o tempo todo. Não caminharam juntos todos esses anos. A última vez que se juntaram foi com Júlio Campos, lá atrás, e deu errado. Vejo como partidos antagônicos”.
Pra encerrar, o tucano aproveitou para jogar aquela sempre providencial previsão de mau agouro, ao dizer que “acho que quando você junta todo mundo, você tem somas e tem desgaste. É preciso tomar cuidado. O eleitor está muito exigente”.
