O Partido Democratas (DEM) autorizou o deputado estadual Mauro Savi a apresentar candidatura para as eleições 2018. A decisão pode retirar Savi da prisão por força de cruzamento de leis, sobre direito político. Ontem (1º), o presidente da sigla, deputado Fábio Garcia, assinou uma declaração confirmando a filiação do investigado ao DEM e como nome escolhido para pré-candidatura a deputado estadual.
Garcia apresenta cinco leis e leis complementares que sustentariam a nomeação de Mauro Savi, como correligionário político, a cargos públicos eletivos. “[…] considerando o que dispõe a Constituição Federal de 1988, a Lei Complementar 64/1990, a Lei Complementar 135/2010, o Código Eleitoral, a lei 9.504/1997, a lei 9.096/1995, todas com mudanças informadas pela recente lei 13.165/2015, que determinou que as convenções partidárias no Estado, que objetivam decidir, entre outros assuntos, […] declara que Mauro Savi é filiado ao nosso partido e pré-candidato ao cargo de deputado federal”.
Mauro Savi está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) desde 9 de maio. Ele foi preso pela Operação Bereré, que apura desvio de dinheiro no Detran-MT entre 2009 e 2015. O Ministério Público do Estado (MPE) afirma em denúncia que deputado recebeu em R$ 1 milhão em propina À empresa EIG Mercados para finalizar processo irregular com o Departamento de Trânsito em 2014.
A empresa teria se oferecido para o serviço de registro de contratos. E para assegurar o acordo, um sócio teria oferecido R$ 750 mil para a campanha de reeleição de Savi. O esquema foi realizado por meio de direcionamento do edital aberto pelo Detran-MT para a contratação de prestadora de serviços, cujo formato seguiu a concorrência no Piauí vencida pela EIG Mercados.