O Partido dos Trabalhadores (PT) não descarta lançar candidaturas próprias para as eleições 2018 para assegurar espaço de campanha ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da sigla em Mato Grosso, deputado Valdir Barranco, diz que o principal objetivo é reafirmar a legado político do líder, e o fechamento de coligação leva essa resolução como a primeira condição.
“Na semana passada a Executiva nacional do partido baixou duas resoluções para traçar a posição nas eleições deste ano, com a delegação da escolha de nomes para majoritária (governo e Senado) ao Diretório estadual e lançar candidatura própria. Mas, dar espaço para o legado do ex-presidente Lula é defesa principal para qualquer ação”.
O espaço a Lula, preso desde o início do ano por condenação da Justiça Federal no caso triplex, é principal negociação para o acordo de chapa com o pré-candidato ao governo Wellington Fagundes. Barranco confirmou que o petista Lúdio Cabral e o republicano têm feito conversas frequentes para fechar o encabeçamento da chapa, mas até o momento não há nada definido.
“O Lúdio e o Wellington conversaram várias vezes e ele [Lúdio Cabral] tem conversado coma direção do partido. Mas, isso não depende só do partido, depende do político também, e o Lúdio está trabalhando seu projeto a deputado estadual. Ele não quis apresentar seu nome para candidatura ao governo nem no PT”, comenta.
Lúdio, que concorreu ao Palácio Paiaguás nas eleições 2014, defende o nome da professa Edna representar o PT caso haja definição por candidatura própria. A professora Enelinda se apresentou para a candidatura ao Senado.
Mas, o principal objetivo de cargos petista é manter a vaga de deputado federal, hoje ocupada por Ságuas Moraes, a de Valdir Barranco na Assembleia Legislativa e aumentar as cadeiras com até mais dois representantes no legislativo estadual.
Segundo Barranco, a decisão candidaturas próprias ou coligação com os republicanos somente será definida na convenção do partido agendada para domingo (5).