Em poucas horas, o empresário José Kobori sairá do Centro de Custódia da Capital (CCC). O réu pela Operação Bereré e Bônus estava preso por suposto envolvimento em desvios de R$ 27,7 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A decisão foi dada pelo ministro Luiz Fux, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, no início da tarde desta sexta (27).
O teor da decisão com a soltura ainda não foi publicado. Em despacho, o ministro escreveu que os órgãos competentens devem ser comunicados com urgência. Após o término das férias dos ministros, o processo deve voltar para a ministra Rosa Weber, que é que estava julgando o caso.
A soltura veio em menos de 24 horas após os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negar a liberdade ao empresário. Na ocasião, José Zuquim Nogueira, relator do processo na segunda instância, reiterou a sua decisão que decretou a prisão preventiva do empresário e disse que há o o risco do réu continuar na prática delituosa se ficar em liberdade. O voto foi acompanhado por 13 desembargadores e um contra.
A Bereré e a Bônus investigam supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um contrato do Detran firmado com a EIG Mercados. Kobori foi também o presidente da empresa até meados de 2016. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), os valores repassados a EIG retornavam como pagamento de propinas a políticos, agentes públicos e empresários.
No caso, Kobori é apontado por receber R$ 6 milhões em propina. O empresário responde pelos crimes de constituição de organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Ele está preso há quase um mês no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
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