“Para atravessar o mar, muitas pessoas abandonam o barco, outras ficam para trás. Enquanto alguns querem pregar o caos e fazem o diabo para chegar ao poder, nós aqui estamos pregando a união e a esperança”, afirmou o governador Pedro Taques durante o discurso que oficializou a própria candidatura à reeleição para o governo de Mato Grosso.
Com um alto índice de rejeição, com números superiores a 30% nas primeiras pesquisas, Taques assume que a campanha de 2018 será um desafio. “Eu liguei para minha filha e conversei com familiares, muitos diziam: Pedro, está difícil. Pedro, não vá. Daí comecei a olhar outros lados e as forças que estão se formando. A escuridão que está se formando e, à frente, a esperança e a capacidade de mudança”, afirmou Taques.
Após ser aplaudido pelos companheiros do PSDB, enquanto oficializou sua candidatura perante o presidente do partido, Paulo Borges, o governador fez uma mea culpa pelo desempenho de seu governo.
“Fizemos tudo? É lógico que não. Fizemos tudo para tratar do mais simples, do mais humilde e dos que mais precisam. Mas sobre isso durante o período de pré-campanha e eleições conversaremos”.
Taques alfinetou a aliança de partidos contra a sua candidatura, que lançou nesta terça-feira (24) pela manhã o ex-prefeito de Cuiabá (e antigo aliado) Mauro Mendes para também concorrer ao governo.
“Eu não tenho medo do meu passado, por isso não temo o meu futuro. As forças que nos trouxeram até aqui não serão as mesmas que nos levarão até o futuro. Por isso eu quero, se for a vontade de Deus, continuar a governar o meu estado”, concluiu.
Dois senadores na disputa pelos votos tucanos
O PSDB também apresentou os nomes – já esperados – da ex-juíza Selma Arruda e do deputado federal Nilson Leitão para a disputa das duas vagas do Senado Federal.
Mais experiente, Leitão relembrou que apesar de estarem na mesma chapa, ambos acabarão disputando os mesmos votos. “Selma, os nossos votos vão se cruzar. Muitos dos meus votos nas últimas eleições eram de conceito. Foi avaliação do meu trabalho”, disse.
O deputado também afirmou que os tucanos farão uma campanha limpa. “Combater a corrupção não é fazer uma campanha ‘fora da regra’ e ‘custe o que custar’. Nos queremos ganhar, mas dentro da regra, dentro da lei e da nossa capacidade.”