Opinião

Julho Amarelo, previna-se!

Em 27 de julho de 2018 no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) haverá a campanha interna – para servidores, pacientes e acompanhantes, sobre prevenção e combate às hepatites virais.

O evento foi idealizado pelos médicos preceptores Dra. Suzana C. Pereira Souza, Dra. Taynná F. Barros Correa, e, Dr. Francisco José Dutra Souto.

 A organizadora Letícia R. S. Cavalcante, residente de Infectologia, conta com o apoio dos alunos de medicina da Liga Acadêmica de Infectologia UFMT e residentes de Enfermagem e Infectologia-HUJM.

Deve-se divulgar constantemente medidas preventivas. Traz-se aqui 10 fatos que a população precisa saber sobre hepatites virais:

1) Existem duas hepatites virais que podem ser prevenidas através de vacinação, hepatites “A” e “B”;

2) A vacina da hepatite “A” é autorizada para crianças de 01 a 02 anos incompletos e, hepatite “B” para todas as idades, ambas disponíveis em Postos de Saúde;

3) Hepatite “B” não há cura, mas vacina. Tem certeza que foi vacinado? Comunique seu médico, com exames pode-se descobrir se você está imunizado;

4) A hepatite “A” é transmitida por meio fecal-oral, ou seja, pela falta da lavagem das mãos com água e sabão após utilizar o banheiro, antes das refeições, além da falta de higienização de frutas/verduras e consumo de água não filtrada;

5) Hepatites “B” e “C” são doenças silenciosas, raramente geram sintomas nos primeiros anos, porém agridem o fígado continuamente. Os sinais só ocorrerão em fases tardias da doença, quando o paciente já evoluiu para cirrose ou câncer hepático.

6) Os testes para HBV e HCV estão disponíveis em qualquer Posto de Saúde. O diagnóstico precoce é a chave do tratamento!

7) A transmissão da Hepatite “B” ocorre através do contato com sangue contaminado, por relações sexuais sem preservativo e de mãe para filho durante a gestação/aleitamento. Há risco no compartilhamento: lâminas de barbear, escovas de dente e alicates de unha;

8) Hepatite “C” tem transmissão parenteral, principalmente pelo compartilhamento: seringas e agulhas (uso de drogas, realização de tatuagens e percings e cuidados odontológicos com material precariamente esterilizado) e por transfusões sanguíneas antes de 1993, quando as bolsas não eram testadas para HCV. Assim se você tem mais de 40 anos e fez alguma cirurgia ou transfusão antes de 1993, realize o teste para hepatite “C”;

9) Não há vacina para prevenção da hepatite “C”. Atualmente, temos tratamentos disponibilizados pelo MS que curam grande parte dos casos. Então, quanto mais cedo soubermos do diagnóstico maior será a chance de cura sem sequelas!

10) Caso algum de seus exames para hepatites virais deem positivo, tranquilizem-se, estas doenças costumam demorar anos para causar danos irreversíveis. Procure seu médico, inicie acompanhamento e tratamento. Previna-se sempre!

*Letícia Rossetto da Silva Cavalcante é médica (CRM/MT 8407), residente do 2º ano de Infectologia HUJM.

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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