O governador Pedro Taques (PSDB) tem gosto conhecido por jargões. Desde quando passou a agir como pré-candidato à reeleição (mesmo sem admitir) criou mais um: “não responderei baixarias”. Porém, ele não cumpre muito o dito. Na semana passada, classificou um dos grupos opositores de “cozidão cuiabano. Tem de tudo ali” e recomendou “psicólogo e psiquiatra para analisar” adversários.
Classifica como tentativa de calá-lo as ações (algumas vaticinadas pela justiça, aliás) contra uso da máquina pública em seu favor, como a que o obriga a explicar de onde veio o dinheiro para encontros recentes e a retirar posts de mídias sociais.
Ironia é a principal arma contra seus adversários. Em uma entrevista de televisão, ele disse: “eu vejo a formação deste grupo com espanto, com olhos de estranheza”.
Semana passada, ele queixava-se em público sobre “ter que justificar até as cadeiras onde vocês estão sentados”, referindo-se a um ato chamado nas mídias sociais dele de “reunião de amigos do govs”.
E ele terminou a semana mandando um recado claro e direto aos opositores: “dizem que eu não tenho diálogo, mas eu não tenho diálogo com quem eu não gosto e não quero ter”.