Em vídeo postado em seu Facebook, o governador Pedro Taques (PSDB) reclama da oposição e das ações por ela ajuizadas para, na percepção deles, evitar que ele utilize a máquina na campanha pela reeleição. Na do governador, desespero e mimimi.
Durante a fala, ele lembra a dificuldade de uma eleição curta, com campanha de 45 dias e, para amenizar os altos índices de rejeição aludidos pela oposição, afirma que a população “está com nojo”, “intolerante, impaciente, de saco cheio” não só dele, mas de todos os políticos.
“Uma eleição sem dinheiro. Na passada, a majoritária gastou 30 milhões de reais, nestas eleições, o teto é de R$ 5,6 milhões”. Essa dinheirama, teorizou, serviu para colocar 20 mil pessoas para trabalhar. Nesta, somente 1.432 poderão ser contratadas legalmente.
Taques segue ironizando as acusações de obrigar funcionários a participar dos atos no interior, tacha o grupo do DEM, agora reforçado pelo MDB, de “cozidão cuiabano”, tal a mistura de elementos que aparentemente não combinam, “tem de tudo ali dentro”.
“Tem alguém obrigado aqui nesta reunião? Está a contragosto aí? Ninguém? Muito bem”, perguntou, logo no começo. E diz que a reunião é para dividir angústias trazidas pelo noticiário diário.
Aceitou que a população “está com nojo” dos políticos, não dele ou qualquer outro, e reclamou que seus adversários fazem de tudo para impedir sua rodagem pelo interior com ações na Justiça Eleitoral para impedi-lo de falar nas reuniões públicas. “Até as cadeiras que vocês estão sentados nós teremos que justificar”.
Na última semana, Taques teve de explicar, a mando do juiz Ulisses Rabaneda, de onde saiu o dinheiro para realização de duas reuniões em um buffet de Cuiabá com a participação de 1.300 servidores, para provar que não era ato de campanha. Ele também foi obrigado a apagar posts no Facebook e Instagram.
Outra ação, movida pelo PDT, foi indeferida pelo juiz Jackson Coutinho. “O governador tem apanhado igual vaca na horta”, definiu ele próprio.
Ele chama os eventos de reunião dos "amigos do govs", a hashtag em miguxês criada por sua assessoria de comunicação que vai persegui-lo campanha afora.