Opinião

Cortes na máquina pública

A máquina pública precisa ser reduzida para que o brasileiro pague menos imposto e tenha uma vida digna com no mínimo de acesso à saúde e a educação em uma comunidade segura. Parece óbvio, e é mesmo! Mas como fazer isso? Com comprometimento, sem populismo, sem demagogia. Com foco na gestão de serviço público de qualidade, dedicação e propostas factíveis de execução.

É preciso atenção, nesta pré-temporada eleitoral, muitos deputados atuais, que se rotulam “novidade” se apropriaram do discurso de “redução de gastos”, “ diminuição da máquina pública”, mas em mais de 10 anos de gabinete em Brasília, não reduziram nem o cafezinho.
Será que precisamos mesmo de 513 deputados, 81 senadores, 1059 deputados estaduais, 57.549 vereadores e mais de 100 mil nomeações em nível federal? Qual retorno destes colaboradores e servidores? Na vida do cidadão, que paga esta estrutura não se vê melhora, nem pelo menos sinais de avanço.

Em debate franco e de olho nos números, sem desonestidade intelectual, é possível concluir que quanto maior o Estado, neste modelo inchado e gastador, a oferta de serviços de saúde, educação e segurança continua sendo de péssima qualidade. Portanto quanto maior o Estado menos creche, menos hospitais e policiais nas ruas.

Como é possível, por meio de reformas, reduzir a carga tributária e manter a mesma arrecadação? Cortando despesas. Acabar com super aposentadorias que custam R$ 50 bi, acabar com super salários de servidores, acima do teto, que hoje custam por ano R$ 14 bi, e reduzir custo de empresas estatais, que não dão retorno a sociedade, mas custam R$ 20 bi todo ano. Reduzir os gastos com cabides de emprego e reduzir sim “tamanho” dos entes da federação Legislativo, Executivo e sim fazer ajustes no Judiciário.

Avalio que o caso mais grave é o custo anual de mais de R$ 6,1 bi apenas da Câmara dos Deputados, dados do Congresso em Foco. É possível mensurar, diante de tanto gasto, qual o retorno em trabalho de cada deputado, fica o questionamento.

Entendo ser perfeitamente aceitável e administrativamente possível diminuir o número de assessores de 25 para 14. Além disso, reduzir o custo do gabinete, que hoje é de R$ 179 mil em 30%, já num primeiro momento, e com foco na otimização a gestão chegar a reduzir o custo em 50% e o número de assessores para 12. A lógica é diminuir sem perder a eficiência. Recurso público não é lucro e nem faturamento é dinheiro da população que precisa ser valorizado e aplicado.

A população não tem com apoiar um Estado gastador e nem representantes que falam, falam mais não agem. Apenas quem foi e está nas ruas, sobrevive do pão labutado a cada dia, com suor e sangue, sabe e sente na pele que o Estado deve servir a população e não ser servido aos servidores do dito “alto escalão”, que não retornam o investimento que tem.

Termino este texto parafraseando importante pensador, Confúcio, que hoje é atualíssimo. “Se um homem consegue dirigir com retidão sua própria vida, as tarefas de governo não devem ser um problema para ele. Se ele não consegue dirigir sua própria vida com retidão, como pode dirigir outras pessoas com o espírito de correção”.

*Junior Macagnam, popular Vitamina, é empreendedor, ativista cívico e membro do Renova BR

Redação

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