A semana foi marcada pela celeuma e disputa da paternidade do novo Pronto-Socorro de Cuiabá. Tudo começou depois que o deputado federal Fabio Garcia (DEM) andou falando desde maio, e repetindo até hoje, que a bancada mato-grossense em Brasília destinou nada menos que R$ 80 milhões para o PS e que este só não foi inaugurado ainda por incompetência de Pedro Taques (PSDB) e Emanuel Pinheiro (MDB).
Ênfase, porém, evidente no governo do Estado. Taques rebateu há poucos dias dizendo que pra começo de conversa quem planejou a construção do novo PS foi ele. Isso levou o presidente regional do Democratas a subir o tom e dizer que o governador, ao atribuir a si a construção do novo PSMC, teria como objetivo a autopromoção, sem “compromisso com a verdade”.
“O que o governo fez foi um acordo com a prefeitura [de Cuiabá] de aporte de dinheiro. A prefeitura entraria com R$ 30 milhões e o governo com R$ 50 milhões. Daí dizer que o governo decidiu fazer o projeto… é falta de compromisso com a verdade, falta de humildade. O projeto é de 2012, o governador nem candidato era nessa época, ele era senador”, disse o congressista em entrevista à Rádio Capital FM, na terça (3).
Na semana passada, Garcia já havia criticado o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por demora no recolhimento e aplicação de R$ 80 milhões destinados pela bancada federal de Mato Grosso para a compra de equipamentos. O democrata disse que o dinheiro está disponível para a aquisição desde o fim de 2016 e a aplicação ainda não ocorreu por “incompetência de gestão” de Pinheiro.
A primeira crítica de Fabio Garcia ao impasse quanto à construção do Pronto-Socorro foi feita em maio passado, ao ressaltar a demora da prefeitura em gerenciar o dinheiro liberado pela bancada. Disse ainda que o modelo em etapas de pregão adotado por Pinheiro para a compra de equipamentos é desnecessário.
A construção do novo Pronto-Socorro teve início em 2016, com previsão inauguração da primeira parte em meados do ano passado. Mas a entrega teve novas prorrogações desde então.