Passemos a idealizar a mulher surpreendente, cheia de encantos, que vem conquistar a dignidade de um ser e, sem delonga, causa à felicidade plena, a compreensão sublime. Envolveremos de pronto nos seus desvelos porque teremos certeza de sê-la completamente diferente das outras — verdadeira, dócil, compreensiva de caráter forte e sutileza no jeito de tratar, de aceitar aquilo não apropriado para si correspondendo com verdadeira destreza, incontestavelmente, não aceitando mesmice como todas as outras que a nos circunda. Seu comportamento cordial, talvez viesse a ser moldado pela dignidade contraída por um pujante ideal que a vaidade adquirida a impôs.
Em um dia qualquer, ilusoriamente e despretensiosamente iremos conhecê-la e ficar deslumbrado pela meiguice que nos fará emudecer diante de si. Inusitadamente, em nos estando a dirigir pelas ruas pretendidas, oxalá sua lembrança virá súbita e, de maneira afetuosa, quando então ficaremos a imaginar todas as manhãs vividas e sentidas. Quando em uma manhã próspera até que notássemos aproximar de um lugar deveras propício, passaremos a sentir felizes e muitos felizes, serenos, compreensivelmente a imaginar em viver daqui pra frente um mundo de encantamento, vejam bem, encantos de paz, felicidade plena e ternura.
Ali, estando surpresos pelo encanto do lugar, incidiremos a desfrutar de toda maestria de uma convivência que nos foi dada em família, estruturada em ensinamentos, respeito, união e ternura. Afinal com toda essa emoção continuaremos a conceber e compreender o sentido do casamento, como se deve melhor nos portar diante da família, espoca e dos filhos.
Contemplaremos este dia estando a pensa, ademais só querendo que essa nossa afeição ilusória e especial tivesse continuidade, que nos acompanhasse como pessoas que tem a mesma afinidade, aquela de ouvir acalantos, aquela que traz um apoio na hora mais precisa, a de confidenciar suas angustias e conflitos uns aos outros, fazendo-nos consolidar na magnitude plena de um ser.
Já num outro dia, refletir, resguardados pela emoção de dias anteriores e, de tal modo, chegássemos a imaginar você como criatura de nossos devaneios, como aquele semblante de quem esta a aspirar em amar e consolidar ao prazer, numa simbiose de proporções desiguais em que, estaríamos a permanecer na interação sublime de suas fantasias sensuais e eróticas. E prosseguindo, já depois do clímax, cada qual trêmulo ao falar, mas revigorado e consciente, sinta estar amparado e fortalecido na intransigência de um amar vultuosamente consolidado. Enfim, um persuadido herói!
E, não obstante, voltemos a caminhar na realidade singular que nos é apropriada.
*Jorni Arruda Axkar é engenheiro civil e cuiabano.