O governador Pedro Taques (PSDB) tornou a revidar declarações e, na manhã desta quinta-feira (14), provocou o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM). Isso porque o gestor, após dar seu "aval" para que o partido construísse sua campanha rumo ao Palácio Paiaguás, recuou, alegando que não se considera “pré-candidato”. O chefe do Executivo, porém, observou que um candidato ao governo não pode “temer”. Ainda, fez questão de elencar acordos políticos do empresário, insinuando traições.
“Pra ser candidato não pode ficar com medinho”, criticou o governador, em entrevista ao programa Chamada Geral, na rádio Mega FM. “Eu não vou discutir Mauro Mendes, assim como não vou discutir Pedro Taques, mas na hora que bate, não quer resposta?”.
Taques observou que diversos feitos pelos quais Mendes é lembrado, durante seu tempo à frente da prefeitura de Cuiabá, foram executados após a entrada da atual gestão estadual, mais uma vez insinuando a importância de seu apoio.
“Mauro Mendes foi meu companheiro em 2010, foi meu companheiro em 2012. Mauro Mendes não apareceu no meu programa eleitoral em 2014, não apareceu. Estava mal das pernas em Cuiabá. O Pronto Socorro começou a construir no terceiro ano do mandato dele, na nossa administração. O São Benedito, na nossa administração. A recuperação das avenidas de Cuiabá, na nossa administração”, pontuou.
A declaração foi dada após as recentes declarações de Mauro Mendes, que, desde quando assinou um manifesto contrário à reeleição de Taques, tem criticado duramente a gestão do Executivo estadual. Mendes não apenas tem citado os problemas na saúde como também tecido críticas à administração em geral, principalmente no que se relaciona às finanças. Ainda, Mendes chegou a avisar que uma simples comparação entre as gestões poderia apontar quem seria “o melhor”.
Na entrevista, porém, o governador lembrou o passado político de Mauro Mendes, em uma insinuação de “traições”. Disse que Mendes já traiu quem está ao seu lado hoje (Jayme), assim como também era seu apoiador no início da gestão e, depois, o abandonou.
“Na eleição de 2014, ele pediu voto para o Wellington em Cuiabá, em Várzea Grande e no Estado, traindo o Jayme, e por isso o Jayme não foi candidato; Silval foi coordenador da campanha dele em 2008, em 2010 ele enfrentou Silval. Em 2012, Emanuel Pinheiro foi coordenador da campanha dele e hoje ele é brigado com Emanuel. Eu desejo que tenhamos candidato. Agora, para ser candidato, não pode ficar com medinho”, finalizou.
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