Política

Wellaton: denúncia partiu de uma pessoa ‘magoada’ por demissão

O vereador Felipe Wellaton (PV) negou ter recebido ou cobrado a restituição da verba indenizatória paga pela Câmara Municipal de Cuiabá. A declaração foi dada nesta terça-feira (12), um dia depois que foi acusado pelo ex-chefe de gabinete Jadson Nazário de Freitas de, supostamente, ter se apropriado indevidamente de sua VI. Ele chegou a ser denunciado formalmente no Ministério Público do Estado (MPE) e o caso tramita sob sigilo com o promotor Sérgio Silva Costa.

“É preciso restabelecer a verdade: eu nunca pedi e jamais recebi nenhum centavo da verba de gabinete, da verba indenizatória”, disse Wellaton. O vereador destacou que a verba indenizatória não é uma remuneração pessoal, mas que ficou estabelecido que o valor deve ser usado para o pagamento de despesas do gabinete. Ainda, ele sugeriu que as denúncias, que também foram levantadas por outros dois funcionários há duas semanas, teriam sido plantadas por sua oposição.

“Eu sabia que fazer oposição é difícil nesse país. O que eu não sabia era que fazer oposição geraria desonestidade contra aqueles que defendem o interesse público”, disse, se referindo à seus posicionamentos contrários a atual gestão do Executivo. “Nada tenho feito nessa casa senão defender a lisura e a ética. Por isso me posicionei à favor da CPI do Paletó e agora me posiciono a favor da CPI da Saúde”, completou.

Sobre a denúncia, Wellaton também chegou a atribuiu à ação do ex-chefe de gabinete um suposto ressentimento por ter sido dispensado do serviço. “A denúncia do meu ex-chefe de gabinete é por ele estar magoado por ter sido demitido do meu gabinete e, segundo, porque ele ainda está sendo incentivado por alguém que é um dos beneficiários da Prefeitura municipal de Cuiabá”, afirmou.

Ainda, o vereador afirmou estar “sereno” em relação às acusações e garantiu que vai provar sua conduta na Justiça. “A verdade vai vir à tona. Vamos empreender todo o esforço jurídico para que a verdade não seja sepultada. Vou provar na Justiça minha identidade. Não tenho nada de desacordo em minha conduta. Não vou esmorecer”, finalizou. Ele comentou ainda que não teve acesso à denúncia e, por isso, não deve comentar sobre o conteúdo enviado ao MPE.

Denúncia

Segundo o portal RDNews divulgou nesta segunda-feira, após ter acesso à documentação entregue ao MPE pelo ex-chefe de gabinete de Wellaton, Jadson denunciou ao MPE que passou a trabalhar com o vereador após tê-lo ajudado como coordenador de campanha nas eleições de 2016. À época, Wellaton teria garantido o trabalho na Câmara caso fosse eleito e, tendo sido, assim o fez. No entanto, ao assumir o trabalho, Jadson teria sido alertado que para ser empregado deveria devolver a verba indenizatória. Mesmo sabendo da ilegalidade no ato, concordou porque precisava do emprego.

O salário recebido por Jadson era de R$6 mil, referente à função de chefe de gabinete. Por isso, tinha direito a mais R$ 4 mil de verba indenizatória. No entanto, os salários passaram a ser reduzidos sem seu consentimento.

Por meio de documentações, ele teria provado ao MPE que, dos R$ 6 mil iniciais, em determinado momento, passou a receber R$ 3 mil, e em alguns meses R$ 4 mil. Ainda, revelou que o montante pago pela VI era integralmente repassado ao vereador. A demissão teria sido assinada quando o vereador, supostamente, pediu que Jadson repassasse não apenas a VI, mas também parte do salário, o que ele não teria concordado.

O MPE já está investigando o caso.

Redação

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