O juiz Marcos Faleiros, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, mandou soltar o ex-assessor Pitágoras Pinto de Arruda, preso no dia 25 de abril como alvo da Operação Regressus, que investiga crimes contra o Poder Judiciário. A decisão do magistrado foi dada na quinta-feira (7).
Pitágoras trabalhava como assessor do juiz da Vara de Execuções Penais Geraldo Fidelis, que o demitiu e denunciou após suspeitar da conduta do profissional. Segundo as informações, ele é acusado de ter desviado mais de R$26 mil do Judiciário.
De acordo com as investigações, Pitágoras cobrava R$6 mil por exames psiquiátricos que custavam R$ 2 mil. A diferença ficava com o ex-assessor e era enviada a uma conta no nome de sua mãe. Ele confessou o crime perante a justiça.
No pedido para a soltura, a defesa de Pitágoras afirmou que ele pretende ressarcir o erário, “visando atenuar sua pena” e destacou a necessidade de medicamentos especiais aos quais fazia uso para tratar o vício em drogas. Sem eles, disse a defesa, o assessor teria aumentado sua ansiedade.
Ao decretar a soltura, Faleiros determinou que Pitágoras cumpra medidas cautelares, como não exercer função pública nem manter contato com os ex-colegas de trabalho.
Operação Regressus
A operação foi destaque nacional e teve 19 mandados de busca e apreensão cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Rio de Janeiro, além das três prisões, no dia 25 de abril.
O traficante envolvido no esquema foi identificado como Márcio Batista da Silva, o “Dinho Porquinho”. Amigo dos traficantes Rogério 157 e Nem, ele atuava no Rio de Janeiro e chegou a ser condenado a mais de 56 anos pelos crimes de tráfico, associação criminosa, lavagem de dinheiro e homicídios qualificados. Atualmente reside em Cuiabá, em um condomínio no bairro Jardim Aclimação.
Maior estelionatário do país – Cara de pau, Marcelo se tornou conhecido como VIP ao ser inspiração para o filme VIPs – Histórias reais de um mentiroso. Ele é considerado o maior golpista do Brasil e chegou a ser condenado a 34 anos de prisão. Em Mato Grosso, o promotor de eventos foi o primeiro preso a usar tornozeleira eletrônica.
Entre seus crimes, ele assumia identidade falsa até mesmo de pessoas ricas, chegando a se passar por filho do proprietário da companhia Gol Linhas Aéreas. Ele ficou famoso após conceder uma entrevista ao jornalista Amaury Júnior. Sua história virou documentário e inspirou filmes. Hoje, além de ser coach e palestrante, ele atua como promotor de eventos na Capital.
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