Existem momentos na vida que não tem amigo, café, compras, corrida que dê jeito, são aqueles momentos em que se acumulou tanto que não enxergamos por onde começar, não temos energia pra ler, rezar, caminhar e muito menos falar. São os momentos em que a esperança se tornou tão baixa que a dor nos engoliu. Não estou falando das tragédias, quando faleceu um ente amado ou uma doença grave, estou falando da falta de vida que foi se perdendo no café da manhã corrido, na sobrecarga de trabalho, na falta de um abraço conhecido, na falta de autoperdão. Nestes momentos cultivar a esperança se torna essencial. Martin Selligman diz que “… Encontrar razões temporárias e específicas para os problemas é a arte da esperança: as razões temporárias limitam a tristeza no tempo e as razões específicas limitam a situação original”. O que é isso na prática? Bati o carro, vou gastar uma nota preta que não tenho. Isso não quer dizer que você é um péssimo motorista e nem que sua vida é uma droga. São convites que recebemos para PARAR e colocar a vida em uma outra perspectiva, use a ferramenta Roda da Vida, analise o momento, talvez a batida seja a oportunidade de examinar como anda a vida de um modo geral, vamos jogando a sujeira para debaixo do tapete por tanto tempo que a batida seja talvez o montinho que ficou ‘grande’ demais e no qual você tropeçou. Quando cultivo a esperança, sei que é apenas ‘um’ evento ruim, não uma vida ruim, é aquele pedaço da gente que sabe que vai dar certo. Quem cresce na quietude, quando tudo está bem? Poucas pessoas. Olhar para esses eventos e saber que vão passar é arte da esperança. Fique bem.