O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, e o deputado estadual Mauro Savi (DEM) foram presos de forma preventiva na manhã desta quarta-feira (9). Eles são alvos da Segunda Fase da Operação Bereré, chamada de Operação Bonus, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), nesta manhã. Além deles, outras quatro pessoas são alvos.
As prisões preventivas atendem a mandados judiciais expedidos pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, José Zuquim Nogueira. Ao todo, são seis mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. Eles são cumpridos em Cuiabá, São Paulo e Brasília.
No primeiro horário da manhã desta quarta, quatro mandados já haviam sido cumpridos sendo eles, além de Paulo Taques e Mauro Savi, Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo”.
Em Brasília, um quinto mandado foi cumprido por volta das 7h30. Lá foi preso o empresário José Kobori.
Os presos estão sendo encaminhados ao GAECO e, à tarde, passarão por audiência de Custódia.
A operação
A operação Bônus é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.
Primeira fase
A primeira fase da Bereré foi deflagrada em fevereiro deste ano, após investigações nascidas no meio da delação premiada do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Doia. Ele entregou que ele, políticos, funcionários públicos e empresários fraudavam o Detran em pelo menos R$ 1 milhão mensal desde 2009.
A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em imóveis e escritórios. A EIG Mercados tem contrato para prestar serviços de registro de financiamentos de contratos de veículos por 20 anos e amealhava, até meados de 2015, quando o esquema começou a ser investigado, 90% de toda a arrecadação anual do Detran, de R$ 25 milhões.
Em março deste ano, o Gaeco passou a investigar os deputados estaduais Wilson Santos (PSDB), José Domingos Fraga (PSD), Ondanir Bortolini (PSD), conhecido como Nininho, Baiano Filho (PSDB) e Romoaldo Júnior (MDB). Por possuírem foro privilegiado, a investigação teve que ser autorizada pelo Tribunal de Justiça (TJMT).
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