Jurídico

Marcelo Vip e traficante serão transferidos para o RJ

A promotora de Justiça Josane Fátima de Carvalho, do Núcleo de Execução Penal, determinou que Marcelo Vip e o traficante Marcio Batista da Silva, o Dinho Porquinho, sejam transferidos para o Rio de Janeiro. Eles foram presos na manhã desta quarta-feira (25), pela Operação Regressus, acusados de participarem de esquema para fraudar o sistema de remição de pena.

De acordo com a promotora, a transferência é requerida porque ambos os acusados são recuperandos do sistema penitenciário do Rio de Janeiro, mas que cumpriam pena em Mato Grosso. Segundo Josane, a regressão dos regimes foi solicitada com apoio dos relatórios elaborados pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que deflagrou a operação.

Entre as informações falsas apresentadas pelos alvos da operação estão empresas de fachada, onde, supostamente, teriam trabalhado. Conforme as investigações, ambos apresentaram declaração de vínculo com a FB Brasil Serviços Ltda. No entanto, o endereço da empresa seria o mesmo de uma das empresas de Marcelo, que atua como promotor de eventos na Capital.

A operação

De acordo com as informações, os mandados são para os municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Rio de Janeiro. Em Cuiabá, segundo as investigações, Marcelo Vip, conhecido como um dos maiores golpistas do país, teria fraudado informações para conseguir remição de pena. Ele teria contado com auxílio de um servidor da Vara de Execução Penais de Cuiabá.

Os alvos

Marcelo Vip é um dos maiores estelionatários do país e foi o primeiro preso mato-grossense a usar tornozeleira eletrônica. Entre seus crimes, ele assumia identidade falsa até mesmo de pessoas ricas, chegando a se passar por filho do proprietário da companhia Gol Linhas Aéreas. Ele ficou famoso após conceder uma entrevista ao jornalista Amaury Júnior. Sua história virou documentário e inspirou filmes. Hoje, além de ser coach e palestrante, ele atua como promotor de eventos na Capital.

O traficante envolvido no esquema foi identificado como Márcio Batista da Silva, o “Dinho Porquinho”. Amigo dos traficantes Rogério 157 e Nem, ele atuava no Rio de Janeiro e chegou a ser condenado a mais de 56 anos pelos crimes de tráfico, associação criminosa, lavagem de dinheiro e homicídios qualificados. Atualmente reside em Cuiabá, em um condomínio no bairro Jardim Aclimação.

O ex-assessor jurídico Pitágoras Pinto de Arruda, acusado de auxiliar no esquema, também foi levado de forma preventiva e é investigado na operação. Ele já havia sido demitido do Gabinete após o juiz titular desconfiar do caso – fato que desencadeou a investigação.

 

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Redação

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