Política

Renivaldo minimiza ato de Malheiros e fala em candidatura única

O vice-presidente da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Renivaldo Nascimento (PSDB), afirmou na manhã de quinta-feira (12) que o ato de “independência” em relação ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), declarado pelo presidente da Casa, Justino Malheiros (PV), não passou de “um momento”. Segundo ele, a situação entre os políticos já se normalizou.

O anúncio de independência foi feito por Malheiros na semana passada, quando o presidente afirmou, em entrevista, que quer deixar de ser o “garoto de recado” do prefeito. Apesar disso, disse que não se trata de uma postura pessoal, mas profissional, já que a Câmara precisa de independência.

Na ocasião, Justino disse: “Tenho carinho, admiração pelo prefeito Emanuel Pinheiro, mas temos que agir às vezes de forma mais rígida, mas não significa nenhum tipo de rompimento com o prefeito”.

Segundo Renivaldo, a declaração não passou de um desabafo momentâneo. O vereador também defendeu que o prefeito Emanuel não tinha a intenção de “abusar da amizade”. “Ali foi só um momento. Não tem ruptura nenhuma. Foi só um momento de desabafo. Já está tudo certo, eles são amigos. Eu vi uma frase, mas ele nunca foi garoto de recado. Apenas, a gente quis dizer que devido esse contato mais próximo teve algumas situações com o Emanuel que um sentimento de amizade deve ter falado mais alto”, observou.

Nesta semana, o prefeito também comentou a postura de Malheiros, mas disse não entender o motivo da declaração. Segundo ele, a relação entre ele e Justino, assim como com todo o Poder Legislativo, sempre foi de harmonia e respeito, tendo adotado, inclusive, uma postura de convivência institucional. Ele afirmou ainda que sempre zelou pela harmonia e independência dos poderes.

Para Renivaldo, a situação na Câmara é de desarmonia por falta de diálogo e respeito de uns parlamentares com outros. O clima tenso entre os políticos ficou ainda mais aflorado após o início da CPI do Paletó, que investiga a conduta de Emanuel, quando foi flagrado recebendo dinheiro de propina.

“Só tem uma única situação naquela casa que realmente tira a tranquilidade, que nós estamos buscando até melhorar convivência e o relacionamento dos vereadores, inclusive nos debates no plenário. Não pode ter pessoalidade ali, mas sim debate de ideias”, colocou.

Segundo ele, este é o momento para que os ânimos se acalmem. Ele também fez menção à competência da Câmara “em julgar atos de ex-deputado estadual, empresário, ex-governador”. “A câmara não tem essa competência. Primeiro, nós temos que entender que ali nós temos limitações para agir”.

Para o vereador, a harmonia na casa será possível quando os 25 parlamentares sentarem, “assumirem seus erros e olhar para frente”. “ Temos que entender que dentro daquela casa, dentro do plenário, nós representamos a população cuiabana. Tem que ter respeito um com o outro. Cada vereador representa um segmento da sociedade cuiabana. Então, nós podemos debater ideias, assuntos ligados à prefeitura, à sociedade cuiabana, oposição, situação, mas nunca de forma pessoal”, completou.

Eleições à vista

Na manhã desta quinta, o vereador também comentou sua pré-candidatura à presidência da Casa, cuja eleição acontece em agosto. Ele não escondeu que tentará articular para que seja candidatura única, e observou que, conforme Regimento Interno, o atual presidente da Casa, Justino Malheiros, não poderá ser candidato.

Renivaldo comentou que a situação do atual presidente pode mudar, caso os vereadores façam uma mudança do Regimento, mas não escondeu que é contra o ato. “Eu sou contra qualquer mudança regimental no calor de uma disputa dessa”, pontuou.

O vereador afirmou ainda que a conversa com os colegas em relação à eleição já está em andamento, mas observou que “ainda há muita água para rolar embaixo da ponte”. Para ele, os únicos votos garantidos, até o momento são dos vereadores da legenda, e disse que nomes ainda poderão surgir. No entanto, não escondeu que uma candidatura única seria menos desgastante à casa. “Aquela casa precisa de unidade. Se houver, seria melhor”.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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