O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou, na manhã desta sexta-feira (6), que o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Rui Ramos, poderá substituí-lo quando tiver que se ausentar do Executivo estadual. A afirmação foi feita no dia seguinte à renúncia do ex-vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD).
Fávaro renunciou ao cargo após o seu partido decidir deixar a base aliada ao governador. A expectativa é de que o PSD faça oposição ao tucano, que deve disputar a reeleição, na disputa eleitoral deste ano. O ex-vice-governador planeja disputar uma vaga no Senado Federal.
A linha sucessória aponta que o substituto de Taques, na ausência de vice-governador, deve ser o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (AL-MT), ou seja, o deputado Eduardo Botelho (PSB). Posteriormente, em caso de vacância também do representante do Legislativo, o Executivo deve ser comandado pelo presidente do Tribunal de Justiça.
No entanto, Taques revelou que conversou com Botelho e definiu que seu substituto deverá ser o presidente do TJ-MT. “Depois do dia 7 [de abril], com certeza o Botelho será candidato à reeleição como deputado estadual. Então, se precisar me substituir, quem substitui é o desembargador Rui Ramos”.
“Isso já está combinado, para que a gente não tenha nenhum problema e para que seja tudo absolutamente tranquilo, dentro da normalidade”, acrescentou.
A decisão de Taques foi tomada em razão de Botelho não poder ocupar o cargo de governador a partir de 7 de abril, prazo máximo estabelecido pela Justiça Eleitoral para desincompatibilização do cargo. Depois desta data, o presidente da AL-MT não poderá ocupar outra função, sob o risco de sofrer punições e poderia até ser impedido de concorrer nas eleições deste ano.