A bancada estadual do PSD de Mato Grosso está preservada, de acordo com o anúncio feito em entrevista coletiva concedida pelos deputados Gilmar Fabris, Nininho, Pedro Satélite e Wagner Ramos na tarde desta quinta (5). Também juramentaram apoio ao governador Pedro Taques (PSDB) no projeto de reeleição.
O entendimento anterior era de pulo do barco depois que o vice-governador, Carlos Fávaro, renunciar, na noite de quarta (04), ato somente efetivado na manhã de hoje, com decisão protocolada na Assembleia Legislativa, comunicado a Taques, post no Facebook e tudo o mais.
Fabris explicou que todos decidiram não desistir nem do PSD nem da aliança com o tucano governador. Pesou na decisão a movimentação de Roberto Dorner, pré-candidato a deputado federal e vários prefeitos.
“Continuaremos na base do governador e vamos defender que o partido caminhe com o governador Pedro Taques. Temos apoio de 20 dos 27 prefeitos do partido, que também defendem caminhar com o governo", afirmou em entrevista coletiva. O recado a Neurilan Fraga parece ser claro, pois ele, além de presidente da AMM, foi dos primeiros no partido a iniciarem ataques ao governador.
Tudo foi feito sem, no entanto, melindrar o presidente da sigla, ao dizer que respeita a “decisão pessoal” de Carlos Fávaro, assim como todos dentro do PSD. Fez questão de afirmar com todas as letras que o empresário do agronegócio pode continuar fortalecendo sua pré-campanha ao Senado e uma coisa (romper e estar com Taques) não tem nada a ver com a outra na hora de viabilizar tanto o projeto do chefe do Executivo quanto do ex-vice-governador, disseram todos.
O discurso era tão afinado que chegaram ao ponto de tentar cobrir a fratura evidente entre os deputados e os outros dois líderes oficialmente rompidos com Taques. Atribuíram tudo às naturais divergências de opinião em todo partido democrático e Gilmar Fabris falou em conformar todas as vontades em torno de uma união para as eleições. “Na convenção em agosto, o partido estará unido para participar das eleições”, argumenta.
Foi mais longe e afirmou até mesmo apoiar tanto Taques na reeleição quanto Carlos Fávaro ao Senado, mesmo com o rompimento do acordo de quase cinco anos atrás. “Foi decisão do vice-governador abrir mão do projeto (de vice-governadoria) para sair ao Senado. É um direito dele”. Encerrou falando em sentar e discutir como fazer isso.