O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou, nesta quinta-feira (5), que sua administração no Estado não será afetada pela saída de Carlos Fávaro (PSD) da vice-governadoria. O tucano declarou que tinha conhecimento sobre a debandada do então aliado há uma semana.
Fávaro renunciou ao cargo de vice-governador na manhã desta quinta-feira, data na qual comunicou oficialmente o governador e entregou uma carta de renúncia ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB).
Em sua página no Facebook, Fávaro afirmou que decidiu deixar a vice-governadoria para se dedicar ao PSD, pois a legenda tem o objetivo de “construir um novo projeto para Mato Grosso”. A decisão dele teria sido motivada por razões políticas, pois ele pretende se aliar a outro grupo político nas eleições deste ano. O ex-vice-governador planeja disputar uma vaga ao Senado Federal.
Nesta semana, o PSD, então pertencente à base aliada do governador, encaminhou um ofício notificando Taques que deixaria o grupo do tucano.
O governador Pedro Taques afirmou que desde a semana passada já tinha conhecimento sobre a saída do então aliado. Para o tucano, a decisão de Fávaro não prejudicará sua administração ‘em absoluto’. “Quero expressar meu respeito ao Carlos Fávaro, mas ele quer procurar o caminho dele ao Senado e acha melhor estar fora para se dedicar, o que é absolutamente legítimo”, disse.
O tucano afirmou que não foi pego de surpresa com a decisão de Fávaro e declarou que não houve quebra de confiança na relação entre eles. “Nós já havíamos conversado sobre isso na semana passada. Nem um pouco [sobre uma possível quebra de confiança]. Quero expressar ao Fávaro o meu respeito e agradecer pelo período em que ele bem administrou Mato Grosso”.
“O que ele quer é se dedicar à sua candidatura ao Senado. Isso é fato e temos que respeitar essa decisão, porque ele já protocolou isso. Isso é normal, porque outros vices e governadores que querem concorrer a outros cargos também estão fazendo isso”, acrescentou.
Taques negou ainda que a saída de Fávaro da vice-governadoria tenha sido motivada por falta de diálogo. “Penso que não”, pontuou.