Opinião

A Fé não costuma ‘faiar’

Fé é o termo mínimo que expressa em nossa língua nata o mais infinito e incerto sentimento que o homem pode ter em sua existência terrena. Muitos falam que o mais delicado dos sentimentos é o amor, outros dizem que é a raiva ou o ódio ou a paixão, no entanto, é certo e inquestionável que é a Fé o sentimento mais imprevisível do estado humano. Esse sentimento não tem origem natural, o homem não nasce munido da Fé, mas ele é diariamente construído através e à medida que o homem adquire noção do espaço em que vive e de sua posição dentro dele. O primeiro momento da vida humana que leva o homem a iniciar sua noção de Fé acontece durante sua geração, junto de sua mãe: ao pequeno humano falta a capacidade de compreensão total do que está ocorrendo, do espaço que existe ao seu redor, no entanto, o sentimento de carinho e amor que recebe, o alimento, o estado de bem-estar que o envolve, o faz acreditar naquilo que não vê, mas que sente e vive constantemente: a existência da mãe.

Não existe um melhor exemplo para ilustrar o que é a Fé que não seja o estado inicial da vida humana, pois, sendo a Fé a crença, a confiança, que temos naquilo que não vemos mas que acreditamos ou sentimos existir, a nossa passagem pelo estado gerador feminino é o que melhor consegue expressar essa construção da mente humana. Com o passar do tempo, a vida nos coloca frequentemente frente a situações que exigem de nós a prova da existência da Fé. Vivemos uma vida material que se prende, infelizmente, aos conceitos materiais de existência e que nos faz indireta ou diretamente acreditar que inexiste aquilo que não é visível, somos levados a irmos no sentido inverso daquilo que é a verdade de toda existência: o material parte do imaterial. Cristo, cuja morte e ressureição celebramos na semana anterior, já nos alertava sobre isso e previa, desde seu tempo, a era do visual “… se tiveres a fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esse monte que ele vá para o outro lado e ele irá…”, não obstante, nos mostrava de forma prática a força da Fé quando curava apenas questionando por sua existência. É possível que sejamos deuses a partir do momento em que plantarmos a semente da Fé dentro de nós mesmos. Frequentemente vemos nas TVs, nas rádios, nos jornais e revistas, redes sociais, rodas de conversas etc., pessoas que falam sobre a necessidade da conversão, de se ligar a alguma religião, de seguir algum suposto mensageiro, profeta, médium etc., mas quase nunca vemos alguém falando sobre nossas capacidades pessoais de fazer nascer e irradiar o deus, a fagulha divina que existe dentro de nós. Nós não precisamos buscar fora aquilo que habita dentro, não precisamos buscar fogo na neve enquanto temos lenha e combustível para acender nossa lareira. A Fé é o sentimento que nos leva ao alto e que nos faz amigos de Deus, irradiadores de sua potência, mas para isso é preciso construí-la, é preciso despertá-la de forma definitiva desenvolvendo em nós a capacidade de confiar e de acreditar naquilo que é de fato essencial. Não deixe de viver sem a presença da Fé; não deixe de viver sem a presença daquilo que é essencial em sua vida. Frente aos problemas e situações cotidianas, escute e enfrente a voz que te pergunta: “você tem Fé?; você crê?” e responda a ela; você nunca irá se arrepender.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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