A família Pinheiro, uma das mais tradicionais dinastias do Estado, tem diversos nomes conhecidos na história da política mato-grossense. O ex-deputado federal Emanuel Pinheiro da Silva Primo, morto em 1974, foi o primeiro do clã a entrar para a vida política.
Posteriormente, outros diversos nomes também ocuparam cargos eletivos, entre eles o ex-senador Jonas Pinheiro (já falecido) e sua esposa, a ex-deputada federal Celcita. Atualmente, o mais famoso entre os políticos da família é o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), herdeiro do nome da carreira política do pai.
No entanto, um integrante da família Pinheiro, que não trilhou carreira política, vem sendo citado constantemente nos noticiários e mencionado com frequência em escândalos. Trata-se do empresário Marco Polo de Freitas Pinheiro, irmão caçula do prefeito da capital. Proprietário de diversas empresas, Popó – como é conhecido popularmente – é considerado figura relevante na administração de Emanuel, apesar de não ocupar formalmente nenhum cargo no Executivo municipal.
Popó costuma prestar apoio ao prefeito desde que ingressou na carreira política. O primeiro cargo eletivo do emedebista foi aos 23 anos, em 1988, quando foi eleito vereador de Cuiabá, após receber 1.043 votos. Desde então, Emanuel seguiu ocupando cargos públicos, sendo reeleito vereador, além de ter sido deputado estadual por quatro vezes e suplente na mesma função por duas vezes.
A tradição familiar fez com que o irmão do prefeito sempre estivesse na política, mesmo que nos bastidores. “Olá, sou Popó, o irmão do prefeito”, é como costuma se apresentar. Além do apoio a Emanuel, ele também já trabalhou para outros políticos, entre eles o falecido primo, Jonas Pinheiro.
Emanuel Pinheiro e o irmão são filhos da dona de casa carioca Maria Helena de Freitas Pinheiro e do ex-deputado federal Emanuel Pinheiro da Silva Primo (Arena). Além do prefeito e do empresário, o casal também teve outros três filhos, sendo eles o músico Marco Túlio Pinheiro – que atualmente vive nos Estados Unidos –, o empresário Marco Antônio Pinheiro e a empresária Helena Maria, que vive em Brasília. Batizado pelo pai com o seu nome político, muitos dizem que o atual prefeito foi o escolhido para ser o “político da casa”.
Mas uma tragédia separou pai e filho. Em 1974, o ex-deputado foi morto a tiros em Chapada dos Guimarães. Desde a morte do marido, Maria Helena assumiu a função de mãe e pai. Sempre reservada, pouco fala sobre o assassinato do marido. Foi ela quem criou sozinha os cinco filhos. A família mudou-se para Brasília e passou a ter como fonte de renda a pensão de deputado federal do patriarca. A dona de casa chegou a ser convidada pelo PSD para disputar as eleições seguintes como deputada federal, no entanto não aceitou. “Se ela disputasse, teria uma votação estrondosa, pois todos estavam muito chocados e sensibilizados com a morte do marido dela”, diz o ex-governador e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Júlio Campos (DEM).
Em seu lugar, Maria Helena indicou o amigo Benedito Canellas, que na época era deputado estadual, para entrar na disputa por uma vaga na Câmara Federal. Com o apoio do partido de Pinheiro e utilizando-se da comoção causada pelo assassinato do aliado, Canellas foi eleito com votação expressiva.
Mesmo mantendo amigos na política e sendo convidada com frequência para disputar cargos eletivos, Maria Helena não apreciava o assunto. Ela também nunca desejou que os filhos seguissem a carreira política do pai. No entanto, coube a Emanuel Pinheiro dar seguimento à tradição da família, a contragosto da matriarca. Os outros optaram por não enveredar pelo mesmo caminho.
Em 1988, Emanuel decidiu retornar a Cuiabá para disputar uma vaga na Câmara dos Vereadores. Ele foi o primeiro dos irmãos a retornar à capital mato-grossense. Até então desconhecido, Pinheiro utilizou-se do nome da história e da carreira do pai, que ainda era muito lembrado na região, para que fosse eleito na capital.
Apesar de apoiar a candidatura do irmão, Popó optou por permanecer na capital federal. Ele chegou a trabalhar no gabinete do primo do senador Jonas Pinheiro. Emanuel também trabalhou com o parlamentar.
Filho mais novo, Popó sempre foi considerado o mais protegido pela mãe. Apesar de ter seguido o conselho para não disputar cargos eletivos, ele decidiu seguir a política pelos bastidores. Anos mais tarde, decidiu abrir uma empresa para assessorar prefeituras de Mato Grosso em Brasília. Popó abriu um escritório para este fim na busca por recursos federais para diversos setores, entre eles educação e saúde. Ele se utilizava do contato que tinha na política, em razão dos familiares, para conseguir ser contratado pelos municípios.
O empresário decidiu pôr fim ao escritório quando resolveu voltar a Cuiabá. Na capital, ele criou empresa relacionada à política, como o Mark Instituto de Pesquisa e Opinião, sua empresa principal atualmente. Além do instituto, um levantamento feito pelo Circuito Mato Grosso apontou que o irmão do prefeito de Cuiabá possui, ao menos, oito empresas, sendo sete delas na capital e uma no Distrito Federal.
Desde a campanha eleitoral do irmão para disputar a Prefeitura de Cuiabá, Popó também costuma dedicar boa parte do seu tempo a aconselhar e ajudar o emedebista. “Ele é como se fosse um conselheiro do Emanuel e costuma auxiliá-lo em tudo”, declarou uma fonte ouvida pelo jornal.
Nos bastidores, Popó é apontado como figura fundamental na gestão de Emanuel Pinheiro. “Às vezes o Emanuel tem muita influência sobre o Popó e decide o que o irmão irá fazer. Outras vezes, é o Popó quem tem influência sobre o Emanuel”, disse outra fonte à reportagem.
Sua influência é tanta que a jornalista Karol Garcia, amiga de Popó, chegou a ocupar um dos cargos de maior influência da Prefeitura, a Secretaria de Comunicação Social. Karol, além de amiga do irmão do prefeito, foi apresentadora do programa “GW 100”, comandado por Popó e veiculado na TV+, da emissora Cultura, arrendada por ele. A jornalista preferiu não comentar nada sobre a sua relação com a família Pinheiro alegando ser muito amiga de Popó.
O poder de Popó nas decisões da imprensa cuiabana só foi ofuscado por outra figura importante do clã Pinheiro, a primeira-dama de Cuiabá, Marcia Pinheiro. “Ela é mais prefeita do que o prefeito em muitas situações. Muita coisa só acontece na Prefeitura depois de seu aval”, revelaram ex-funcionários da Prefeitura que pediram para não se identificar.
As atuais contratações de duplas sertanejas para todos os shows promovidos pela Prefeitura e a polêmica parceria quase firmada com o pintor Romero Brito para embelezar Cuiabá no aniversário de 300 anos – derrubada após protestos de artistas locais – são algumas das “decisões” atribuídas a Marcia Pinheiro.
O polêmico instituto de pesquisa
Casado com Bárbara Pinheiro, Popó afirma, em suas redes sociais, ter estudado pesquisa eleitoral e de mercado. O estudo colaborou para ele administrar o Mark Instituto de Pesquisa e Opinião, do qual é proprietário. Ele e a mulher são os responsáveis por gerir a empresa, que está envolvida em diversas polêmicas e acusações de fraudes.
Considerada a mais importante empresa de Popó, o Mark Instituto de Pesquisa e Opinião tem histórico de problemas com a Justiça. Em 2012, na disputa para a Prefeitura de Cuiabá, a Justiça chegou a proibir que 12 pesquisas de intenção de voto do instituto fossem divulgadas, por indícios de fraudes.
A ação foi proposta pela coligação de Lúdio Cabral (PT), então candidato a prefeito. A decisão foi proferida pela juíza Gleide Bispo Santos, da Primeira Zona Eleitoral de Cuiabá, que mencionou que a proibição das pesquisas ocorreu em razão da "dúvida quanto à credibilidade" das mesmas. Na época, Cabral disputava o segundo turno com o futuro prefeito, Mauro Mendes (DEM).
Outro fato recente envolvendo a Justiça e o Mark Instituto de Pesquisa ocorreu neste mês, quando o juiz Emerson Pereira Cajango, da Quarta Vara Cível de Cuiabá, determinou a penhora de bens do instituto. A decisão foi motivada por uma dívida de R$ 8,5 mil que a empresa tem com a Produtora Vip de Vídeos. A pendência financeira é de 2005 e, conforme o magistrado, deveria ter os valores atualizados.
O magistrado decidiu que os bens deveriam ser bloqueados por meio eletrônico. No entanto, a Justiça não encontrou nenhum valor nas contas do instituto. Desta forma, Cajango determinou que representantes da empresa apresentem objetos que possam ser bloqueados.
O irmão do prefeito e a CPI do Paletó
Em fevereiro, o instituto de pesquisas do irmão do prefeito novamente voltou aos noticiários. Desta vez, no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas fraudes cometidas por Emanuel. A defesa do peemedebista alegou que as imagens em que ele aparece recebendo suposta propina de R$ 20 mil de um ex-assessor do ex-governador Silval Barbosa – um dos fatos apurados na CPI – não demonstrariam nenhuma irregularidade, porque o montante de dinheiro recebido por Emanuel seria correspondente ao pagamento de uma pesquisa eleitoral do instituto de Popó.
A tese apresentada pelo advogado do prefeito, porém, foi rechaçada pelo ex-governador Silval Barbosa e pelo seu ex-assessor Silvio Corrêa. Os dois reafirmaram – conforme já haviam dito em suas delações premiadas – que o montante era correspondente a uma propina oriunda das obras do programa MT Integrado.
Curiosamente, as oitivas da CPI que investiga o prefeito foram encerradas pouco antes de Popó ser ouvido. O prefeito, que já havia afirmado que não compareceria à Câmara Municipal, também seria um dos próximos a serem chamados para prestar depoimento. Desta forma, a CPI do Paletó deve passar para a fase de produção do relatório final mesmo tendo ainda o prazo de 71 dias para encerrar os trabalhos.
O procedimento foi encerrado no início deste mês, após pedido do presidente da Câmara de Cuiabá, Justino Malheiros (PV). A solicitação do parlamentar foi acolhida por dois membros da comissão, os vereadores Adevair Cabral (PSDB), relator do procedimento, e Mário Nadaf (PV) – ambos da base aliada do prefeito. Somente o presidente da CPI, Marcelo Bussiki (PSB), manifestou-se contrário à proposição.
Com o encerramento das oitivas da CPI, foram ouvidos somente o ex-governador Silval Barbosa, o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa, o servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso Valdecir Cardoso de Almeida e o ex-secretário estadual de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) Alan Zanatta.
Posteriormente à suspensão das oitivas da CPI, o vereador Diego Guimarães (Progressistas) entrou com recurso, alegando irregularidades no modo como a comissão foi composta. O pedido foi acolhido pela Justiça, que determinou a suspensão. No documento, o parlamentar argumentou que a base do prefeito se articulou e conseguiu inserir assinaturas, posteriormente ao protocolo da comissão, para que tivessem espaço nas apurações sobre a conduta do aliado.
A visita dos Pinheiro a Wilson Santos
Durante a campanha eleitoral de 2016, o nome de Popó e o da esposa circularam com frequência no noticiário após denúncia feita pelo então candidato a prefeito de Cuiabá Wilson Santos. De acordo com o atual secretário de Cidades, o irmão do prefeito e a esposa, ambos com anuência de Emanuel, teriam intermediado a aprovação do pedido de enquadramento da Caramuru Alimentos no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).
O pedido da Caramuru para obter o benefício foi feito em 2010, porém foi concedido somente em 2014, durante a gestão de Allan Zanatta como secretário de Indústria e Comércio, indicado pelo então deputado federal, hoje senador, Wellington Fagundes (PR).
Conforme a denúncia, que atualmente é investigada pelo Ministério Público Estadual, a concessão do benefício somente teria sido agilizada por Popó e pela esposa dele em troca de propina de R$ 4 milhões, que teria sido paga pela Caramuru.
De acordo com Wilson, o irmão de Emanuel e a cunhada do prefeito chegaram a procurá-lo em sua residência, onde eles teriam pedido que o então candidato não denunciasse o suposto esquema criminoso. A gravação da conversa chegou a ser divulgada pelo atual secretário de Cidades durante seu programa eleitoral.
Na época, Bárbara Pinheiro chegou a divulgar nota negando que havia qualquer fraude entre ela, o marido e a Caramuru. Ela justificou que prestou consultoria para a Caramuru e por meio deste serviço recebeu dinheiro da empresa. No comunicado, ela afirmou que errou ao acreditar em Wilson Santos.
“Wilson Santos se aproveitou de meu desespero e de minha fragilidade para atingir a reputação de Emanuel, que jamais teve qualquer envolvimento ou participação nos negócios que realizei com minha irmã. O deputado Wilson Santos se mostrou amigo e solícito; depois, se utilizou da minha boa-fé para prejudicar Emanuel”, justificou.
Na época, Emanuel Pinheiro divulgou nota afirmando que “a verdade vai vencer a mentira”. O então candidato à Prefeitura de Cuiabá classificou as denúncias de Wilson como “repetidas mentiras”, porém afirmou defender que o caso fosse rigorosamente apurado. “Nunca tive qualquer negócio ou relação empresarial com as empresas do meu irmão, Marco Polo, da minha cunhada Bárbara e da irmã dela, a advogada Fabíola, cabendo a eles as explicações sobre os honorários recebidos da empresa Caramuru”.
O caso segue em investigação no Ministério Público Estadual, que informou que as apurações estão em sigilo.
Nepotismo cruzado em Cuiabá
Em janeiro de 2017, durante o primeiro mês de gestão, Bárbara Pinheiro foi nomeada secretária de Gestão de Pessoas da Câmara Municipal de Cuiabá. Enquanto isso, Júlio Malheiros, irmão do presidente do Legislativo municipal, Justino Malheiros (PV), foi nomeado secretário adjunto de Obras da prefeitura.
O caso gerou suspeita de nepotismo cruzado, que acontece quando uma autoridade contrata parentes de outra e tornou-se alvo de investigação do Ministério Público Estadual (MPE).
Na época, Emanuel Pinheiro negou que houvesse qualquer irregularidade na contratação da cunhada. "Foi um convite dele [Justino Malheiros]. Ela é formada em gestão pública, é muito competente, preparada e é uma escolha pessoal dele. Eu não tenho nada a ver com isso", afirmou.
Bárbara permanece na função na Casa de Leis da capital. Nesta semana, ela foi alvo de críticas do vereador Diego Guimarães (PP), após o parlamentar ser alvo de uma reportagem de uma emissora local que o acusou de abrigar servidores fantasmas. Guimarães negou a irregularidade e afirmou que chamou a atenção o fato de o jornalista ter todos os dados da funcionária em questão.
“O que me impressionou foi que ele me apresentou, em mãos, cópia dos documentos pessoais, comprovante de residência e cópia da carteira de trabalho da minha funcionária. Me impressiona muito como essa pessoa teve acesso a esses dados. Não quero imaginar que isso tenha saído do nosso RH, que é chefiado pela esposa do Popó”, disse.
Para o vereador, a denúncia é uma forma de tentar enfraquecer a oposição ao prefeito e prejudicar a CPI que investiga supostas fraudes praticadas por Pinheiro. “Inclusive, há notícias de que foi o irmão do prefeito, o Popó, que conduziu uma denúncia, também fraudulenta, contra o Marcelo Bussiki, presidente da CPI. Vou levar isso para a presidência, para fazer um estudo se essas informações saíram da Câmara Municipal, porque isso é muito grave. É um Poder tentando prejudicar o outro e tentando intimidar a atividade parlamentar”, afirmou.
Uma família e muitas empresas
Popó possui ao menos oito empresas em seu nome. Além do Mark Instituto de Pesquisa, ele também é proprietário da Pinheiro & Noronha Ltda., que, conforme levantamento feito na Junta Comercial, oferece serviços para “portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet“. A empresa, que também pertence a Bárbara Pinheiro, foi mencionada em um suposto esquema fraudulento.
A Pinheiro & Noronha é apontada como suposta beneficiária em um esquema com a empresa Caramuru Alimentos S/A, empresa acusada de sonegação fiscal. A empresa dos Pinheiro teria recebido R$ 850 mil da Caramuru. O suposto esquema é alvo de investigações.
Ainda constam em nome de Popó, conforme levantamento feito pela reportagem, as seguintes empresas: Retorno Telemarketing e Pesquisa de Opinião Pública Ltda., também especializada em pesquisas de mercado; MH 3 Fornecimento de Alimentos Preparados Ltda., cuja atividade é comercializar mercadorias no varejo, “com predominância de produtos alimentícios”; Mark Hotel Ltda., localizado no bairro Alvorada, em Cuiabá e M.B. Informação e Pesquisa Eireli – EPP, especializado em “portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet”.
Também consta, em nome de Popó, a Associação dos Fornecedores e Prestadores de Serviços no Setor Público no Estado de Mato Grosso (Aforpress), em Cuiabá. Além disso, ele também é proprietário da empresa Mark Freitas Consultoria e Assessoria, localizada em Brasília, cuja finalidade é “montagem e instalação de sistemas e equipamentos de iluminação e sinalização em vias públicas, portos e aeroportos”.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com Popó Pinheiro, que não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens. O prefeito Emanuel Pinheiro chegou a atender ao telefonema do jornal, porém informou que estava com um parente no hospital e não poderia conversar. O emedebista pediu que a reportagem retornasse a ligação horas mais tarde. Entretanto, Pinheiro não atendeu mais.
Uma família de políticos
A tradição da família Pinheiro na política mato-grossense vai além do ex-deputado federal Emanuel Pinheiro e de seu filho, prefeito de Cuiabá. Outro nome que se destaca é o do ex-senador Jonas Pinheiro, que decidiu entrar na carreira política na década de 80, após o assassinato do primo. Veterinário, Jonas decidiu se arriscar na política após insistência do ex-governador Júlio Campos. “Na época, eu iria disputar o governo e queria alguém para ficar em meu lugar como deputado federal, então convenci o Jonas a entrar para a política”, diz.
Jonas Pinheiro foi deputado federal e senador por duas vezes. Além dele, sua esposa Celcita também entrou para a vida política, ocupou o cargo de deputada federal e abandonou a vida pública. Outro Pinheiro que também ocupou cargo eletivo e deixou a carreira é o ex-deputado estadual Benedito Márcio Pinheiro, primo de Emanuel. Benedito foi o coordenador geral das primeiras campanhas eleitorais do prefeito.
Na nova geração de Pinheiro, está o vereador de Cuiabá Lilo Pinheiro (PRP), primo do prefeito e filho de Benedito. A proximidade entre o chefe do Executivo municipal e o parlamentar rendeu a Lilo a função de líder do governo na Câmara.
Além dos nomes já conhecidos, um novo Pinheiro que pode figurar no cenário político neste ano é o filho mais velho do prefeito, conhecido como Emanuelzinho. O emedebista espera que o primogênito dispute o cargo de deputado federal, porém ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. Emanuel espera apoio de aliados para que possa lançar a candidatura do filho. No entanto, há deputados que cobram apoio do prefeito, fato que pode prejudicar o lançamento da candidatura.