Opinião

Apelidos cuiabanos

Na Cuiabá terra de D. Aquino Corrêa, antigamente os apelidos sempre foram destaque e eram tão usados quanto os nomes próprios. Quase todos os nascidos na terra-mãe tinham os seus apelidos criados dentro da família e na convivência na infância, na escola, na rua, sendo tratado de forma normal na vida cotidiana, de forma bem descritiva, o modo pelo qual passariam a ser conhecidos. É bem notável a precisão, bem como a criatividade com senso de humor, como era tratado o apelido nas pessoas. A comparação da vítima em torno dos apelidos era de forma vegetal, animal, focalizava bem o aspecto da semelhança onde caía como luva o apelido na língua popular. Então alguns apelidos que ficaram até na memória do povo cuiabano como: Zé Boloflor, Petelé, Saramella Cabeça de Gamela, Pau de Fumo, Tereza Carnavalesca, Maria Perna Grossa, Maria Mulata, Bembem, outros apelidos marcantes que até hoje são lembrados pela nova geração.

SEXTA-FEIRA SANTA

O povo cuiabano sempre foi profundamente religioso. Na terra das tradições, antigamente quando se falava em Paixão do Senhor, desde as quintas a partir das 12h, as pessoas não faziam mais nada de limpeza de casa, só elaboravam cardápio à base de uma suculenta peixada e uma saborosa canjica. O silêncio na Grande Cuiabá era o mais profundo, a não ser o canto dos pássaros e as orações em torno de Jesus crucificado para se animar a sofrer tudo por seu amor. Antigamente havia as irmandades, e os seus cunhos à vida religiosa foram: Irmandade do Senhor Bom Jesus, Irmandade de São Benedito, Irmandade de São Miguel e Almas, Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, que se reunia ao Alto Litúrgico na Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá e Procissão do Senhor Morto. Os fiéis cristãos viviam, na tarde da sexta-feira, com o coração sensível ao abandono, ao silêncio, ao sofrimento, à sede, à paciência e à serenidade do Mestre. O grito do Senhor chegava aos cantos dos corações dos católicos na Grande Cuiabá.

TOTALMENTE ESQUECIDO

Há anos que o jornalista de sociedade Cesário de Almeida se distanciou da vida do glamour das badalações sociais, onde era paparicado por nomes e sobrenomes da sociedade, mas terminou a sua missão no planeta Terra carregando o peso da cruz. Viveu os seus dias de vida tendo de conviver com uma mendicância sem fim; foram poucos aqueles a quem ele badalava em sua coluna social nas décadas de 60, 70 e 80 que lhe estenderam a mão. O seu exemplo serviu de espelho para muitos profissionais da área do colunismo social acerca da ingratidão. Hoje em dia poucos se lembram dele, caiu num esquecimento total com vários profissionais da área da imprensa escrita, falada e televisada. A vida é uma escola, o mundo, uma grande sala de aula. Aqui você aprende fazendo o certo, e aprende errado. E tendo aprendido, livre-se de errar ou enganar. Use esse aprendizado tão somente para a sobrevivência em sagacidade.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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