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Temer considera hipótese de Meirelles sair da Fazenda, mas diz que equipe fica

O presidente da República, Michel Temer, disse nesta segunda-feira (26), em São Paulo, que o governo já considera a hipótese da saída do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e que, se isso ocorrer, a base atual da equipe econômica será mantida. "Não podemos quebrar essa equipe econômica que está aí”.

“Eu e o ministro Meirelles consideramos as várias hipóteses no final de semana. Não havia ainda exatamente uma decisão. Mas consideramos a hipótese de sua saída. E, evidentemente, ao cuidar de sua saída, se ele vier a sair [do governo], confio muito na indicação do seu substituto”, disse o presidente a jornalistas, após discursar por cerca de 45 minutos para membros da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no qual citou vários dos projetos realizados por seu governo em um ano e 11 meses de mandato.

O presidente desconversou quando questionado por jornalistas se Meirelles vai compor com ele uma candidatura à Presidência da República, com o ministro ocupando uma chapa como vice-presidente. “Ele pode ocupar qualquer função no país. Pode ser candidato, pode ser vice, pode continuar ministro”, disse Temer, ressaltando que, se Meireles se filiar ao MDB, será “muito bem-vindo”. “Não vejo objeção à vinda dele ao MDB”. Sobre sua própria candidatura, Temer disse apenas que “está considerando”.

Rússia

O presidente revelou que conversou hoje (26), por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Segundo Temer, a conversa foi sobre problemas envolvendo a exportação da carne brasileira. “Tratei sobre a questão agropecuária, sobre a questão da carne, porque houve embaraços na importação de carne. Mas ele [Putin] se mostrou disposto a examinar isso com muita rapidez”, disse.

Balanço de governo

Durante o discurso na FecomercioSP e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Temer fez um balanço do seu governo e exaltou o atual momento do país. Durante o balanço, o presidente citou a aprovação do teto para os gastos públicos, a reforma do ensino médio, a repactuação da dívida dos estados, a recuperação das empresas estatais, a moralização das estatais, a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, a aprovação da reforma trabalhista e da lei da terceirização, entre outros. E disse que o país tem diminuído seu déficit, que hoje está na casa dos R$ 139 bilhões. “Isso se chama responsabilidade fiscal”.

Temer falou também sobre a área social e da manutenção do programa Bolsa Família. “Mantivemos o Bolsa Família, que há mais de dois anos e meio não tinha aumento. E demos aumento. Mas o interessante na nossa concepção é que ele é um programa assistencial legítimo no presente momento, mas não pode ser eterno. É claro que esse há de ser um programa passageiro. Por isso adicionamos outro programa, o Progredir, onde se passa a empregar os filhos dos desfrutantes do Bolsa Família. Com isso eles progridem e a progressão vai dar a verdadeira inclusão”. Segundo o presidente, seu projeto para o país foi possível por meio de “intenso diálogo com o Congresso Nacional e a sociedade”.

De acordo com o presidente, o Brasil precisa voltar a ser otimista. “Não temos razão para pessimismo. Temos razão para o otimismo. Vamos pegar o otimismo do país. Estamos crescendo, estamos desenvolvendo. Estas coisas não se resolvem, já que apanhamos o Brasil em uma recessão extraordinária, de um dia para o outro. Às vezes, leva anos. Mas é preciso começar e tenho certeza que começamos. O Brasil voltou e vai ficar”.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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