A falta de dinheiro no caixa do estado de Mato Grosso tem gerado muitas "saias justas”. Na última semana de fevereiro (28/2), o promotor de Justiça Mauro Zaque foi provocado pelo Sindicato do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) para investigar e processar por crime de responsabilidade o governador por conta da falta de repasses do duodécimo aos poderes na integralidade.
O promotor foi justamente o autor das denúncias que resultaram na Operação Esdras (2017), que investiga a origem de milhares de grampos ilegais executados durante a gestão Taques e que levaram nomes fortes do staff estadual, como o primo do governador e ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, à prisão.
Talvez por bom senso ou mera precaução, Zaque saiu pela tangente do embate e negou o pedido de investigação contra o governador Pedro Taques (PSDB) formulado pelo Sinjusmat. Em sua decisão o promotor afirma que a apuração de eventual irregularidade compete ao procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo.
“Assim, entende este Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa da Capital que cópia do expediente deve ser encaminhada ao Exmo. procurador-geral de Justiça, para conhecimento e providência que entender pertinentes”, diz trecho do despacho.