Durante o evento Gazeta Agro, nesta manhã (12), o governador Pedro Taques (PSDB) disse que não tem medo de enfrentar Mauro Mendes ou Jayme Campos como adversários à sua reeleição, nem tampouco o crescimento do Democratas. Para ele, é saudável ter “vários candidatos” no pleito e isso não significa, necessariamente, esvaziamento de sua antiga base de apoio.
Taques negou que o DEM tenha decidido lançar candidatura própria em Mato Grosso (e outros 11 Estados), dizendo que “não viu isso” e continuou a afirmar que “é bom” que haja vários candidatos contra ele nas eleições de outubro.
“A democracia não pode ganhar de WO, nós precisamos ter candidatos e debater ideias, para que o cidadão possa ter possibilidade de escolha. É bom que tenha dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove candidatos. Isso faz parte da democracia, gente”.
Enquanto Mauro Mendes sequer declara abertamente se é pré-candidato ou não, Jayme Campos já se coloca como capaz de retomar o Estado que já governou nos anos 90, em chapa com Mauro, ou pro Senado, a depender somente das decisões da articulação do partido. Toda hora fala que o DEM já cumpriu a missão com o PSDB em Mato Grosso e não se furta exaltar o preparo para, se necessário, assumir o Palácio Paiaguás.
Outros potenciais candidatos ao governo contra Pedro Taques são o senador Wellington Fagundes e o conselheiro do Tribunal de Contas (TCE) Antônio Joaquim.
Henrique Meirelles não nega mas parece cada vez mais candidato
Apesar de manter o discurso do “vamos fazer a vontade do partido e da população”, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, parece cada vez mais disposto a se candidatar à sucessão de Michel Temer na presidência. “Estamos conversando com o partido e as lideranças, avaliando uma série de pesquisas, porque eu sempre tomo minhas decisões com muita seriedade, porque o povo brasileiro está demandando seriedade, além de honestidade e ética. O povo precisa que seus líderes tomem decisões com seriedade e com respeito ao que a população está querendo. Até o dia 7 de abril vamos tomar a decisão e anunciar”.
Defendeu que os juros e os índices de inflação estão em queda, além de dizer que o Brasil voltou a crescer. “A taxa de juros do Banco Central são os mais baixos da história do país, de 6,75% e existe a possibilidade do BC pensar em mais cortes. O importante é que devagar isso vá chegando a todos os tipos de juros do país. O Brasil está crescendo e criando emprego, devemos criar 2,5 milhões. Ano passado já foi criado mais de 1 milhão, e o importante é que cada vez mais brasileiros possam ter mais emprego, com mais renda e menos inflação”, acredita.
Estudantes fazem ato "inusitado"
Enquanto o mestre de cerimônias apresentava as autoridades, como os ministros Blairo Maggi (Agricultura) e Henrique Meirelles (Fazenda), além de José Sarney Filho (Meio Ambiente e que não ficou nem 20 minutos no local), um grupo de oito garotas fez um manifesto um tanto quanto confuso contra o lado predatório dos megaprodutores rurais: elas jogaram milho em conserva perto do palco.
Na sequência, O governador fez um discurso exaltando a democracia e o direito de discordância, apesar de condenar o ato das meninas como “fruto de preconceito, desconhecimento e ignorância” quanto à produção das monoculturas, como soja e milho.