Hoje quero te fazer um convite. Recentemente aprendi que a cultura russa é rica em honestidade e pobre em simpatia. Ninguém sorri pra desconhecidos, nem finge gostar de algo por educação, se algo é ridículo você diz que é ridículo, se alguém está sendo babaca, você diz que está sendo babaca. Vivendo sob o regime comunista por tantas gerações, com poucas oportunidades econômicas e imersa numa atmosfera de medo, a sociedade russa descobriu que a moeda mais valiosa era a confiança. E pra criar confiança, é preciso sinceridade, isto é, se as coisas estão uma merda, você diz abertamente sem se desculpar. Essas demonstrações desagradáveis de honestidade eram recompensadas pelo simples fato de serem necessárias para a sobrevivência: as pessoas precisavam saber em quem podiam ou não confiar, e precisavam saber rápido.
Esse trecho que li é do livro “A Sutil Arte de Ligar o Foda-se”. Recomendo.
Bem hoje estou iniciando o movimento da comunicação russa. O primeiro passo é perceber onde você se encontra hoje na escala russa de sinceridade, inicie prestando atenção aos seus Sims e Nãos. Com que frequência você cancela compromissos? Faz algo que não queria? Não estou dizendo que a partir de hoje você vai se tornar o supersincero, não. Lembrando que todas as nossas escolhas estão embasadas em ganhos.
Primeiro, perceba onde você está. O que você ganha tentando agradar a todos ou tendo dificuldades em dizer não? Como diz a Naiana, minha aluna de Querência, “você tem bigode?”, as pessoas confiam na sua palavra?
No meu próximo artigo vou falar mais sobre isso. E com a contribuição do Carlão, outro aluno, quando for fazer algo que possa desagradar alguém, “Toca o Russo!”. Ao invés de tocar o foda-se, bem mais inesperado, né? Fique bem e seja mais russo. Namastê.