A partir de prontuários informatizados, os médicos do Hospital Cristo Redentor – onde o projeto piloto foi iniciado, comprometem-se a alimentar o sistema com uma série de dados relativos à qualidade, segurança e efetividade dos implantes. Desde setembro de 2010, quando começou, já foram coletadas 54 amostras, que correspondem à análise de 213 componentes – 133 implantes de quadril e 80 de joelho.
Segundo Mike Ward, da agência Health Canada, conhecer a experiência brasileira contribui para o fortalecimento da regulação sanitária de produtos para saúde em seu país. “Para promover saúde, três elementos são fundamentais: infra-estrutura, recursos humanos e produtos. Essa interação é muito clara neste projeto”, comentou, durante visita ao Hospital Cristo Redentor.
O diretor superintendente do GHC, Carlos Eduardo Neri Paes, destacou a cooperação de todos os envolvidos como fator imprescindível para o sucesso da iniciativa. “Apesar das resistências iniciais, conseguimos, ao longo do processo, uma grande adesão dos profissionais. A construção cooperativa viabiliza mudanças”, disse.
O diretor-adjunto da Anvisa, Luiz Roberto Klassman, também elogiou o trabalho em equipe, mas enfatizou a preocupação da Anvisa em não restringir o projeto à rede de hospitais onde foi testado. Segundo o diretor, a Anvisa já articula a expansão do projeto para outros hospitais de referência no país. A expectativa é iniciar a implementação ainda em 2012.
Vanessa Amaral – Imprensa/Anvisa