A delação premiada do ex-governador Silval Barbosa continua assombrando empresários de Mato Grosso e fazendo ressurgir figuras políticas até então "esquecidas", como o ex-secretário extraordinário da Copa, Maurício Souza Guimarães. Essa semana Guimarães solicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a cópia integral da delação firmada em 2017. Outro que peticionou um pedido semelhante para ter acesso à integra dos documentos foi o empresário Waldisnei da Cunha Amorim.
Amorin, solicitou no dia 26, acesso a todos os documentos sobre investigações envolvendo conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). O empresário é sócio proprietário da Gendoc Sistemas e Empreendimento LTDA e acusado de pagar propinas por contratos com o governo de Mato Grosso.
Ele requereu cópia da petição que autorizou a realização de busca e apreensão em domicílio e deferiu o afastamento cautelar de 5 conselheiros do TCE, José Carlos Novelli, Antônio Joaquim Moraes, Waldir Júlio Teis, Walter Albano da Silva e Sérgio Ricardo de Almeida.
Amorim, é acusado pelo ex-goverandor Silval Barbosa (2010 -2014) de ter pago propina aos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), que teriam aceitado um suborno de R$ 53 milhões para não fiscalizar as obras do projeto de pavimentação de estradas, o MT Integrado; obras da Copa do Mundo e bem como aprovar as contas de governo de Silval.
Já Maurício Souza Guimarães solicitou a cópia da petição que trata da colaboração premiada do ex-governador Silval Barbosa. Conhecido como o responsável pela finalização da execução das Obras da Copa.
Silval Barbosa e Maurício Guimarães irão se encontrar novamente nas proximas semanas. Ambos serão interrogados no dia 6 de março na Justiça Federal em Mato Grosso. A oitiva é relativa à ação penal que pede o ressarcimento dos danos causados aos cofres públicos pelo Consórcio VLT e pelos dois gestores, em relação às obras inacabadas do Veículo Leve Sobre Trilhos.