O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira que o presidente Michel Temer o “incentiva” e “encoraja” para ser candidato a Presidência da República nas eleições de outubro. Ele reiterou que a decisão sobre a candidatura será tomada até abril. Meirelles é filiado ao PSD.
Em todas as conversas que temos tido, ele (Temer) tem me incentivado muito a ser candidato, dado sugestões, etc. Ele tem manifestado, inclusive, muito entusiasmo, e me encorajado, dando muito força, dizendo: “acho importante, vá em frente”. Só vou definir se serei candidato em abril — disse Meirelles, em entrevista à “RedeTV!”, acrescentando:
Mais cedo, Meirelles admitiu disputar a Presidência da República numa eleição com o presidente Michel Temer, mas disse que uma estratégia vencedora seria ter um candidato único do governo, que pudesse defender o legado das reformas.
O ministro da Fazenda afirmou que a decisão de disputar o Palácio do Planalto vai depender, por exemplo, de aspectos políticos, como apoio de partidos para garantir tempo na televisão.
— Vai depender de aspectos políticos, como apoio. Eu não acredito em candidaturas avulsas, sem tempo de televisão. Tempo de TV é um fator, o apoio partidário é necessário — afirmou.
Para Meirelles, o baixo desempenho nas pesquisas eleitorais não é um impedimento para uma eventual candidatura. Ele citou o exemplo das eleições para a prefeitura de São Paulo, em 2016, quando João Dória (PSDB) saiu vencedor no primeiro turno, mesmo após iniciar a disputa com baixa intenção de voto.
O ministro descartou disputar uma vaga no Congresso Nacional ou sair como candidato a vice-presidente e repetiu que sua etapa como ministro da Fazenda está cumprida:
— Essa fase de ministro, essa missão, está por ser cumprida. A minha opinião hoje é que esta fase está cumprida.
AUMENTO DE IMPOSTO DESCARTADO
Henrique Meirelles descartou, ainda, a possibilidade de aumento de impostos este ano e disse que o ajuste no Orçamento do país é baseado no corte de despesas:
— Não há projetos de criação de impostos, não vai ter aumento de alíquotas. Fiquem tranquilos, porque o nosso ajuste é nas despesas.