A decisão atende a um pedido formulado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no final de janeiro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, autorizou a junção, em um único procedimento, das delações premiadas firmadas pelo ex-governador Silval Barbosa, três familiares do político e seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Cezar Corrêa Araújo.
Ao formular o pedido, Dodge defendeu que a medida facilitará a análise, por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal, da extensão dos crimes delatados por Silval, pela esposa dele, Roseli Barbosa, pelo filho mais velho do casal, Rodrigo Barbosa, e pelo irmão do político, Antônio Barbosa, bem como das pessoas e empresas citadas nos acordos.
“Considerando a conveniência de que os diferentes expedientes originados da Operação Ararath sejam objeto de avaliação conjunta pela Autoridade Policial e, oportunamente, pelo Órgão do Ministério Público – mormente para o fim de que se afira a extensão da relação existente entre os detentores e não detentores de foro especial neste Tribunal -, mostra-se salutar, efetivamente, a reunião dos procedimentos”, afirmou Fux no despacho.
A ONG Moral vai pedir uma audiência com o ministro em Brasília. O foco é que as colaborações sejam compartilhadas com o Ministério Público Estadual (MP), para que os promotores e procuradores possam iniciar procedimentos na esfera cível.